Você confiaria sua vida a um médico que não sabe nem medir sua pressão arterial? E se ele não soubesse identificar os sintomas de um infarto?
O crescente número de mortes atribuídas à pressão alta entre os brasileiros nos últimos anos suscita uma série de preocupações em relação à eficácia do sistema de saúde sob controle estatal. A hipertensão arterial, frequentemente referida como pressão alta, é uma condição que tem sido associada a um número significativo de óbitos. Numa progressão constante, sem melhoras, afetando uma parcela substancial da população brasileira, o número de mortes aumenta 72% em 10 anos. Diante desse cenário, surge a necessidade premente de examinar não apenas as possíveis causas por trás desse aumento, mas também o impacto das políticas regulatórias estatais sobre a saúde pública.
A medicina é um dos destaques entre os debates modernos, não apenas devido aos avanços científicos, mas também por seu papel social e ético. O debate em torno do livre mercado na área da saúde tem levantado questões éticas e práticas, especialmente quando alguns críticos defendem salários mais altos para médicos enquanto rejeitam a busca pelo livre mercado. Isso sugere uma contradição. O Conselho Regional de Medicina, ao condenar o livre mercado na medicina, levanta dúvidas sobre o verdadeiro propósito da prática médica: servir aos interesses da saúde ou aos interesses pessoais? Como se a saúde não pudesse ser um mercado benéfico.
Para avançar na discussão sobre saúde, é crucial definir o conceito de 'saúde'. Segundo a OMS, saúde é "um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças". No entanto, essa definição levanta questões sobre sua aplicabilidade prática na medicina. O bem-estar se manifesta quando uma doença interfere na vida humana, porém nem sempre é claro como cada indivíduo é afetado. No sistema de saúde, como o SUS, a abordagem da pressão alta é padronizada, priorizando a eficiência em detrimento da individualidade dos pacientes. Isso se reflete em casos como o tratamento do colesterol alto e da obesidade, em que as visitas ao SUS são frequentemente a última opção, focando em procedimentos padronizados e diagnósticos eficientes, em vez de promover mudanças no estilo de vida dos pacientes.
O mercado desempenha um papel crucial na oferta de serviços de saúde, mas até que ponto a saúde é distinguida do mercado? A saúde é um direito fundamental ou um bem que pode ser adquirido? O socialismo dirá que é um direito fundamental, defendendo a propriedade coletiva dos meios de produção e a oferta universal de serviços de saúde pelo Estado. No entanto, as falhas do socialismo em fornecer cuidados de saúde adequados são evidentes em muitos países que o adotaram. Mais que isso, ao não permitir a criação de um mercado que desempenha esse setor, não interfere em outros direitos? Não é inibir a liberdade? E se eu quiser um consultório mais adequado e que eu me sinta mais seguro?
A questão da capacitação dos profissionais de saúde também é crucial. O estudo realizado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo revelou que sete em cada dez médicos não possuem conhecimento adequado para aferir a pressão arterial de um paciente ou identificar sintomas de um infarto. Isso levanta evidências preocupantes sobre a qualidade do ensino médico no Brasil e a capacidade dos profissionais de saúde de lidar com situações críticas de saúde. A falta de conhecimento entre os médicos pode comprometer seriamente a qualidade do atendimento prestado aos pacientes e aumentar o risco de danos à saúde. Novamente, considerarmos que o mercado deixou de agir nesse papel, isso não interfere em outros direitos? Um livre mercado levaria a concorrência entre médicos e consultórios, aumentando a qualidade do mercado, muito mais fácil e funcional.
O cenário de saúde pública cai por terra outra vez, quando é exigido maior formação dos futuros médicos, que “recebam uma formação abrangente e sólida” e esquecendo dos valores já gastos com a saúde pública. A conscientização sobre a importância da saúde e do bem-estar, se torna hipocrisia, tentando camuflar o problema e incentivando hábitos de vida saudáveis e a busca por cuidados preventivos. Ou seja, no fim, além da doença, te jogam remorso pela falta dos seus cuidados. Não que deva haver descuido com sua saúde, seu corpo é sua propriedade e deve mantê-la. O problema é o que tiraram de você, com cobrança de impostos e no fim só lembrar que precisa comer mais picanha ao invés de besteiras. Ou não seria melhor a retenção do que é seu para minimamente conseguir se tratar e se prevenir de pioras? Ou até se curar, por que não? Você escolheria um médico que tem um histórico maior de resultados positivos, o SUS permite isso?
Ao inibir sua escolha de tratamento, a autoridade fica clara. Um exemplo conhecido é o infeliz caso do bebê Charlie Gard, que sofria de uma doença rara e grave. Apesar de seus pais terem conseguido arrecadar fundos suficientes para buscar tratamento nos EUA, o sistema de saúde britânico, gerenciado pelo governo, recusou-se a permitir que a criança fosse tratada no exterior. O tribunal britânico, apoiado pelo National Health Service (NHS), determinou que Charlie deveria ter seus aparelhos desligados e ser deixado para morrer, negando aos pais o direito de buscar tratamento privado para o filho. Falamos sobre esse caso em detalhes no vídeo: "Justiça britânica condena BEBÊ à MORTE contra a vontade dos pais", o link está na descrição.
Esse caso exemplifica como a medicina estatal pode colocar o interesse do estado acima do bem-estar do paciente. Os serviços médicos estatais enfrentam custos elevados, a decisão judicial é a final. Isso significa que o tratamento é negado e o paciente é deixado à própria sorte, enfrentando a possibilidade de morte. Enquanto pessoas mais ricas têm a opção de buscar tratamentos no exterior, cerca de 800 mil vão para os Estados Unidos e outras 600 mil para Cingapura a cada ano em busca de cuidados médicos excelentes que não estão disponíveis em seus próprios países. No entanto, a família do pequeno Charlie não conseguiu reunir os 1,2 milhão de libras necessários para o tratamento.
Por isso a saúde não pode ser um direito fundamental, é um direito que interviria noutros, ao renunciar ao seu direito para um direito que o estado diz fornecer, ele poderá tomar outros direitos, como o da vida. O socialismo diz oferecer uma alternativa ao livre mercado, defendendo a propriedade coletiva dos meios de produção e a oferta universal de serviços de saúde pelo estado. Um lindo discurso, parece lindo no papel, como um diploma na parede.
Um estudo realizado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo revelou que sete em cada dez médicos não possuem conhecimento adequado para aferir a pressão arterial de um paciente ou identificar sintomas de um infarto. Colocando em cheque a qualidade do ensino médico no Brasil e a capacidade dos profissionais. A falta de conhecimento entre os médicos pode comprometer seriamente a qualidade do atendimento prestado aos pacientes e aumentar o risco de danos à saúde. Infelizmente isso é algo que temos visto com frequência nos últimos anos. Com o aumento dos cursos de medicina pelo país, o número de médicos formados no Brasil cresce a cada ano. Mas o problema em si não é quantidade e sim a qualidade. Muitos desses novos cursos foram abertos em universidades particulares sem atender a critérios importantes para a formação de um médico, como hospital escola. Para piorar, regras recentes do MEC impuseram a inclusão de mais disciplinas sobre o SUS na formação, o que muda o foco da educação médica no país. A regulação do MEC é falha e leva a mais problemas do que melhorias. Esse cenário está favorecendo apenas faculdades particulares que visam lucrar com a alta demanda pelo curso de medicina. É importante deixar claro aqui que ter muitas faculdades de medicina não é um problema, mas sim a qualidade duvidosa de muitos desses cursos e a existência de um sistema perverso como o SUS que atrairá exatamente os piores médicos formados nesse meio. Isso é algo que já está acontecendo, é por isso que muitos médicos alardeiam por aí que a medicina está saturada e que em breve veremos médicos trabalhando na Uber. Mas, sobre a questão da qualidade, qual é cenário atual exato?
O Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo divulgou os resultados da avaliação dos médicos recém-formados, revelando que cerca de 40% deles não alcançaram a nota mínima no exame, repetindo o padrão do ano anterior. Dos 3.174 participantes em 2018, 38,2% não atingiram a pontuação necessária.
Entre os aspectos avaliados, 86% dos médicos cometeram erros na abordagem a vítimas de acidentes de trânsito, enquanto 69% não demonstraram
conhecimento adequado sobre as diretrizes para medir a pressão arterial. Além disso, 68% falharam na identificação da conduta correta a ser adotada em casos de infarto.
Um gravíssimo sinal revelado, que sete em cada dez médicos não possuem conhecimento adequado para aferir a pressão arterial de um paciente ou identificar sintomas de um infarto.
Diante disso, é crucial repensar o sistema estatal de saúde, permitindo que os futuros médicos estejam verdadeiramente preparados para fornecer cuidados de qualidade. Afinal, a vida e o bem-estar dos pacientes dependem de profissionais capacitados e competentes. Sob essa ótica, somente um livre mercado de saúde pode fornecer isso para a população, já que com a concorrência e o sistema livre de preços, os profissionais ruins perderão espaço no mercado. É importante lembrar que as regulações atuais também impedem a livre concorrência e um sistema de preços. Como saúde é tratada como um direito, muitas coisas são proibidas, dentre elas, fazer propagandas com preços de consultas e procedimentos. Sabe a dificuldade que se tem pra achar um clínica com preços mais baixos? Pois é, agradeça ao estado por isso. "Saúde é direito de todos e dever do estado", logo, todos pagam e quase ninguém recebe. No contexto atual, com o SUS, o provável é que muitos dos médicos mal formados irão parar no sistema público, deixando a população ainda mais à mercê de uma saúde ineficiente. A lição que fica é: defenda uma saúde livre para todos, não defenda o SUS.
"Justiça britânica condena BEBÊ à MORTE contra a vontade dos pais" https://youtu.be/YTSdNI3JR0I
https://recordtv.r7.com/jornal-da-record/videos/70-dos-medicos-nao-sabem-aferir-a-pressao-diz-conselho-de-medicina-de-sp-06102018
https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/06/25/pressao-alta-atinge-mais-de-30-milhoes-de-brasileiros-e-mortes-aumentam-72percent-em-10-anos.ghtml
https://mises.org.br/article/2714/quando-a-medicina-e-estatal-o-governo-decreta-que-voce-deve-morrer