Uma mulher esquerdista como presidente americana é tudo o que a esquerda deseja... mas ela tem alguma chance sequer após o atentado contra Trump?
Após o desastre que foi o primeiro debate eleitoral americano e a tentativa de assassinato contra Trump, até mesmo os próprios democratas estão desesperados com a candidatura de Biden como representante do Partido Democrata. Vários jornalistas saíram às pressas pedir para que Biden renunciasse à eleição para dar espaço a algum outro candidato mais jovem e com mais apelo eleitoral, pois a imagem que Biden passa é a de alguém velho demais para a presidência.
O atual presidente ficou ofendido com a atitude de seus companheiros de partido e até fez uma pesquisa durante um jantar especial sobre em quem as pessoas votariam, comparando Trump com Biden. Biden teve uma porcentagem maior contra Trump do que qualquer outro possível candidato democrata do momento. Como um modo de se reforçar, chegou até a dizer que "tem idade, mas ainda sabe das coisas".
Mas a maior alternativa ao Biden pode estar bem ao seu lado. No dia 6 de julho, a atual vice de Biden, Kamala Harris, subiu ao palco de um festival de cultura negra em Nova Orleans chamado "Essence Music Festival", onde falou sobre sua história de vida para sensibilizar o povo comum e sobre o que acreditava ter realizado na Casa Branca.
Com os membros dos democratas cada vez mais em pânico, mais jornalistas se amontoaram na esperança de que ela seria uma alternativa ao velho Biden. Já que ela é sua vice na campanha, mesmo que Joe Biden desistisse nessa altura, Kamala poderia continuar com a chapa e concorrer ela mesma como candidata pelos democratas. Porém, ela própria evitou comentar sobre esse tipo de assunto nesses eventos, provavelmente para evitar problemas internos.
Mas ela acabou se soltando mais tarde, ao longo das últimas semanas, defendendo repetidamente Biden, argumentando que seu histórico como presidente não deveria ser ofuscado por 90 minutos em um palco de debate. Biden adotou um tom desafiador e insistiu veementemente que vai continuar sendo candidato.
Lembra até o nosso próprio presidente em idade avançada no Brasil, com cara de velho amargurado, dizendo que ainda está "firme e saudável", ao lado cuidadora de idosos oficial, que alguns gostam de chamar de primeira dama. Uma mulher que, obviamente, ou quer se aproveitar de Lula enquanto vivo ou busca se tornar uma nova "Evita Perón" no Brasil. Você escolhe no que acreditar.
Mas voltando ao assunto principal, o ponto é que, como Biden é visto como um candidato velho e que deveria se retirar para a aposentadoria, Kamala também pode passar a perna ou convencê-lo a desistir. Afinal, tudo deve ser feito para que Trump não volte à Casa Branca, já que a esquerda americana teme isso mais e mais a cada dia e acaba sendo algo que se concretiza cada vez mais enquanto tentam eliminá-lo.
No dia 7 de julho, o congressista da Califórnia, Adam Schiff, disse no programa Meet The Press que Biden tinha que ser capaz de "vencer de forma esmagadora ou passar a tocha para alguém capaz". Ele acrescentou que "Kamala Harris poderia vencer Trump de forma esmagadora.
Isso tudo é a visão dos democratas e da esquerda em geral, que adora ver o mundo mais colorido e favorável ao seu lado, como meu pai dizia: "O papel aceita qualquer coisa, mas a realidade é mais exigente". Dado isso, Biden tem tido mais problemas recentemente e na data em que este artigo é escrito, tem ameaçado ceder aos diversos pedidos de desistência da campanha que tanto recusou antes.
A justificativa dada seria de que Biden estaria com o vírus chinês e, por estar em idade avançada, poderia ser perigoso para sua vida. Por isso, ele deu a entender que desistiria de concorrer caso seu médico recomendasse isso (ele só tem que torcer para o médico ser eleitor dele). Isso veio após uma sequência desastrosa que já citamos anteriormente, onde o presidente saiu com uma imagem de velho incapaz após o debate e Trump sofreu um atentado a tiros durante um comício na Pensilvânia.
Se Trump já era o favorito nas pesquisas antes, após isso a eleição se tornou algo semelhante à da Rússia, uma "burocracia cara", com o cenário popular sendo de que Trump tem todas as chances de ganhar contra a chapa de Biden na eleição deste ano. Até mesmo figuras populares, artistas e bilionários se posicionaram a favor de Trump, pois mesmo não sendo admiradores fanáticos dele, ainda acham sua posição muito melhor neste momento.
Mas é óbvio que os democratas não podem simplesmente desistir a esse ponto, e vimos que alguns mais radicais tentariam até coisas mais extremas, como foi supostamente o caso do atirador, que já havia feito doações para os democratas e vídeos falando o quanto odiava Trump.
Os democratas, assim como a esquerda aqui no Brasil, sofrem do problema de não conseguirem novas figuras para substituir as principais. Felizmente, a direita se desenvolveu melhor com várias lideranças além de Bolsonaro, não possuindo nenhuma outra liderança na própria esquerda para substituir o presidente Molusco.
Além disso, pela própria regra eleitoral dos Estados Unidos, caso Biden desistisse de concorrer, a chapa ainda continuaria com Kamala Harris assumindo a liderança e nomeando outra pessoa para o cargo de vice, algo provavelmente cobiçado pelo atual governador impopular da Califórnia, que mira a presidência mas sofre com a má imagem de seu próprio papel no estado.
Em questão de popularidade, Trump dá uma verdadeira surra em Kamala Harris, que é vista apenas como uma figura que conseguiu seu cargo de vice sendo arrastada pela chapa. Tendo visões muito mais esquerdistas e progressistas do que Biden, ela só consegue captar votos da ala mais radical da esquerda em meio a um público americano que se volta cada vez mais para os conservadores e a direita conforme se desilude com os impactos negativos de governos mais à esquerda.
O próprio Donald Trump comentou sobre essa possibilidade antes mesmo de sofrer o atentado, insinuando humoristicamente que "venceria dela mais fácil do que de Biden", tamanho é o repúdio à figura "esquerdista" dela, enquanto Biden se vende como uma figura mais neutra, de centro-esquerda. Embora ela tenha insistido recentemente para os apoiadores democratas que "nós vamos vencer", parece mais uma negação da realidade do que um otimismo ou esperança de vitória.
Parece não haver alternativa agora e nem adianta os democratas tentarem recorrer a figuras como Michele Obama, esposa do ex-presidente Obama. Embora seja um desejo do partido, Michele não se interessa pelo cargo e não quer ter o mesmo peso que seu marido teve no passado. Já citamos os problemas com a figura do governador da Califórnia e até pessoas como Bernie Sanders sofrem do mesmo problema de serem muito esquerdistas para um público americano cada vez mais de direita.
Diante desse cenário, podemos citar o trabalho do artista e ativista libertário, Eric July, que frequentemente critica tanto democratas quanto republicanos em suas obras audio visuais, argumentando que são essencialmente duas faces da mesma moeda, ambos representando um sistema político disfuncional que não atende aos verdadeiros interesses das pessoas comuns.
Nos Estados Unidos, muitos eleitores veem os democratas e republicanos como partidos que, apesar de suas diferenças superficiais, frequentemente falham em abordar questões fundamentais que afetam diretamente a população. Ambos os partidos são frequentemente criticados por serem capturados por interesses corporativos, mantendo um status quo que beneficia a elite política e os empresários corporativistas enquanto negligenciam os problemas dos indivíduos.
Logo, se quase não existe diferença prática entre Democratas e Republicanos, o que dizer sobre vários candidatos diferentes da mesma linha social democrata. O povo americano, em sua maioria, parece não querer mais nada relacionado as visões economicas e sociais da esquerda política.
Donald Trump se mostrou um ponto fora da curva na sua postura firme a favor dos antigos valores americanos, até mesmo em comparação a outros republicanos. Valorizando a liberdade economica e individual em um grau acima da média de outros candidatos ele, muito provavelmente, vencerá as próximas eleições.
O que resta para os democratas e a esquerda é parar de querer destruir a direita e começar a negociar com ela, tratando-a como igual. Caso contrário, vão acabar enfrentando sua própria extinção. Considerando isso, eu torço para que continuem dessa maneira.
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/eleicoes-nos-eua-2024/vamos-vencer-diz-kamala-harris-a-doadores-democratas-preocupados-com-eleicao/