A bolha progressista cancela fundadora do Nubank num ato de intolerância.

A co-fundadora do Nubank agradeceu ao convite de uma palestra de Jordan Peterson. Isso fez a bolha progressista entrar em ebulição, querendo cancelar o banco roxo. Seria essa atitude justificada?

O famoso banco roxo, o Nubank, está sofrendo uma onda de cancelamentos na internet. Esse movimento está sendo disseminado nas redes sociais pela bolha tóxica e furiosa da esquerda. Ele começou após Cristina Junqueira, a fundadora da empresa, fazer uma postagem de agradecimento a um convite que recebeu, apenas isso. Quer saber por que a esquerda ficou tão brava com isso? É que o convite foi da Brasil Paralelo, um veículo de direita, para uma palestra a qual está organizando. O palestrante é ninguém mais, ninguém menos, que Jordan Peterson, o intelectual conservador que tem atraído bastante público em todos os canais que aparece.

Jordan Peterson, até 2016, era um professor da Universidade de Toronto, sem grande fama fora dos meios acadêmicos. Até que ele se opôs à lei C-16, que fazia mudanças na gramática inglesa para tratar da questão dos transgêneros. De acordo com essa lei, uma pessoa poderia ser acusada de assédio caso se recusasse a usar os pronomes escolhidos por outra pessoa. Peterson classificou a medida como compulsória e autoritária, já que a lei claramente é uma violação da liberdade de expressão. É sem precedente na história moderna algum tipo de lei que dá a permissão a alguém poder escolher como o outro vai usar a gramática. Ninguém deveria ter o direito de impor pela força o uso de qualquer pronome, artigo ou até adjetivo. Em entrevista, ele até disse que já chamou pessoas pelo seu pronome escolhido, afinal, isso é uma escolha pessoal. O problema é quando há uma lei que aplica coerção para controlar a fala.

Desde então, o intelectual passou a produzir conteúdo em diversos formatos. Escreveu 3 livros best-sellers, sendo o principal o "12 Regras para a vida: um antídoto para o caos", com mais de 3 milhões de cópias. Também tem um canal no YouTube onde realiza entrevistas, e faz parte da plataforma Daily Wire, com vários comunicadores de viés conservador de língua inglesa. Definitivamente, é uma das maiores vozes da atualidade.

Jordan Peterson virá ao Brasil em junho deste ano para sua turnê “We Who Wrestle With God”. Em tradução livre: Nós que Lutamos com Deus. No dia 18 de junho, estará em São Paulo; e no dia 20, em Porto Alegre. A Brasil Paralelo é parceira oficial na promoção dessa vinda.

O Nubank está em um momento de alta, e se tornou neste ano o banco mais valioso da América Latina, passando o Itaú. Naturalmente, quando uma empresa entra muito em destaque, ela se torna alvo dos socialistas que a colocam no mesmo saco dos supostos empresários malvadões. Na verdade, é tudo pela causa do controle do pensamento e do politicamente correto progressista, os fatos pouco importam.

De qualquer forma, chama a atenção a forma como o cancelamento é usado para tentar calar a opinião alheia. Por que é tão difícil conviver com quem pensa diferente?

Antes de tudo, é importante entender que cancelar, ou boicotar, é um direito de todos. Ninguém é obrigado a comprar ou se associar a ninguém. Dessa forma, é perfeitamente legítimo usar esta estratégia para tentar influenciar o mundo. Esta é uma ferramenta pacífica para tentar resolver os problemas, muito melhor que a tradicional forma de tentar criar leis estatais para controlar quem discorda de você.

No entanto, toda ferramenta pode ser usada da maneira errada. É isso que está acontecendo no caso do cancelamento do banco roxo. Primeiramente, não é possível afirmar que a própria co-fundadora do Nubank seja conservadora, já que ela somente aceitou um convite, sem entrar no mérito do assunto da palestra. Aliás, o Jordan Peterson também fala muito de desenvolvimento pessoal e religião. Então, é capaz que ele não entre tanto em assuntos políticos em sua palestra. Pode ser que Cristina Junqueira esteja interessada nesse tipo de conteúdo, e não na parte política. Pode até ser que a fundadora só tenha sido educada com o convite recebido, sem fazer juízo de valor sobre o conteúdo da palestra.

Ainda assim, mesmo que Cristina seja conservadora, isso seria motivo para um boicote? Em teoria, essa prática deveria ser usada para rechaçar questões absurdas. Por exemplo, alguma empresa que desrespeite, ou abuse de seus clientes, ou funcionários. É até aceitável que certo lado político faça boicote quando a empresa toma algum partido de forma oficial. Por exemplo, no caso de chamar algum influenciador de política para uma campanha de marketing. Mas no caso de Cristina, a postagem foi feita em sua rede social pessoal. Não foi uma ação institucional da empresa. Claramente, esse cancelamento se trata de intolerância dessas seitas progressistas que vivem pregando “amor” e expelindo virtudes na internet. O cancelamento não deveria ser usado para tentar calar a opinião política das pessoas e gerar terror. Boicotar o banco significa punir também todos os outros acionistas, funcionários e fornecedores. Realmente, importa tanto assim se a fundadora da empresa é progressista ou conservadora? A quem ela fez tanto mal?

Esse comportamento intolerante, típico de seitas, é um mal da atualidade. As pessoas estão sendo treinadas a odiar o outro lado da política, sem nem analisar os seus argumentos ou avaliar a situação de forma imparcial. A cada 2 anos temos eleições, quando um lado político se digladia com o outro para tomar o poder. Até o debate entre os políticos é de baixo nível, com poucas ideias explicadas e muitas ofensas ao lado oposto, sem mencionar as promessas mentirosas e para lá de populistas. Poucos tentam entender as dores do próximo e as discussões se tornam guerras retóricas, vazias de honestidade, na qual as pessoas evitam chegar à verdade.

O pior de tudo é que toda essa briga por poder não faz sentido, já que não deveria existir um único poder, para começo de conversa. Por que há uma única instituição que faz as leis, que julga e que pune? Por que tem que ter um grande estado, que decide sobre a vida de todos? É claro que isso vai gerar brigas, pois quem está no poder pode marretar regras nos outros. O ideal é que cada um escolhesse a instituição que melhor representa os seus anseios, de forma voluntária. Se você é conservador, poderia se associar a instituições do seu gosto. O mesmo seria possível para os progressistas. Não haveria a necessidade de forçar todos de um país a seguir as mesmas regras.

Um mundo sem governos coercitivos e centralizados seria muito mais pacífico, e traria mais entendimento entre as pessoas, pois seria baseado em instituições e organizações legítimas e voluntárias. Um livre mercado, regido pela ética libertária, por definição não obrigaria ninguém a nada. As pessoas teriam que resolver seus problemas sem o uso da coerção, ou seja, de uma forma ou de outra teriam que colaborar. Esse é um ambiente muito mais propício para a resolução de problemas e para a evolução moral. Não é à toa que países mais livres são mais pacíficos e mais prósperos.

Se a esquerda lesse Jordan Peterson, veria esta bonita citação, em tradução livre: "A melhor ambição tem a ver com desenvolvimento de caráter e habilidade, em vez de status e poder. O status você pode perder. Mas você carrega o seu caráter aonde vai, e isso permite que você prevaleça contra a adversidade".

Esse, sim, é um mundo que almejamos! Onde as pessoas parem de brigar por poder e foquem nos valores morais. Com certeza, isso só pode acontecer numa sociedade livre, sem o autoritarismo tão comum na atualidade, até mesmo nas ditas democracias modernas que têm reprimido com violência cada vez mais os discordantes.

Temos aqui outra citação do escritor em tradução livre: "Escute a si mesmo e àqueles com quem fala. Sua sabedoria não consiste no conhecimento que você já tem, mas na contínua busca por conhecimento, que é o mais alto grau de sabedoria".

Enfim, parabéns à Cristina Junqueira que, além de ter construído uma importante empresa, contribui enormemente para a sociedade e continua buscando conhecimento indo a relevantes palestras.

Referências:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jordan_Peterson
https://www.brasilparalelo.com.br/noticias/turne-de-jordan-peterson-no-brasil-2024-veja-como-adquirir-seus-ingressos
https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/05/28/nubank-valor-de-mercado.ghtml
https://leaders.com/articles/personal-growth/jordan-peterson-quotes/