CEO da G4 Company choca a bolha progressista com opinião sobre casamento

A bolha progressista ficou furiosa com a declaração de Tallis Gomes, que rejeita relacionamentos com mulheres CEO. Mas será que ele tem alguma razão?

Tallis Gomes é um empresário brasileiro de destaque. Foi fundador da Easy Taxi, que posteriormente foi vendida para a Cabify, e também da Singu, um App para contratar serviços de beleza, comprado pela Natura. Atualmente, é presidente da G4 Educação, uma escola de negócios e gestão.
O empresário já havia chocado a esquerda com algumas declarações num podcast. Por exemplo, Tallis disse: "Ontem estava todo mundo trabalhando até 1h da manhã, e 8h da manhã [do outro dia] o escritório estava cheio", afirmou. E completou dizendo, "se você não fizer 70 ou 80 horas por semana na empresa, você não vira nada na vida".
Na visão libertária, tudo o que é acordado de forma voluntária está correto. Portanto, se os funcionários trabalham longas jornadas para obter uma remuneração extra ou para ganhar reputação profissional, isso é aceitável. Todo empregado sempre têm a opção de se demitir e procurar outro emprego. A única regra é que os contratos não podem ser descumpridos, tanto pelo empregador quanto pelo empregado.

Mas é claro que, para os socialistas, contratos voluntários não importam. Esses ditadores definem arbitrariamente quantas horas deve ser a jornada de trabalho, e todos são obrigados a cumprir, independente de concordarem ou não, já que se veem como planejadores da vida alheia. Eles falam em nome do trabalhador, mas quem disse que esta é sempre a vontade dessa classe profissional? É muito conveniente tratar os trabalhadores como crianças, que não sabem fazer bons acordos. Desta forma, os políticos justificam seu poder como forma de cuidar daqueles que supostamente não sabem cuidar de si próprios.
O empresário no mesmo podcast declarou: "Eu não contrato esquerdista, isso é a base da nossa cultura. Esquerdista é mimizento, não trabalha duro e fica com essa coisa de que o mundo deve alguma coisa para ele".
Obviamente, a esquerda não gostou de ser citada dessa forma. Eu, escritor deste artigo, acho que Tallis exagerou, já que vejo alguns esquerdistas que são bons profissionais. No entanto, o que ele diz tem um fundo de verdade. A ideologia de esquerda de fato confunde necessidades e desejos com direitos. Assim, ela incentiva as pessoas a tentarem conseguir o que querem por meio de vitimização e gritaria, em vez de se aprimorarem para gerar valor ao próximo. Além disso, essa ideologia fomenta a desnecessária animosidade entre patrão e empregados, como se o sucesso da empresa não beneficiasse a todos. De fato, há uma tendência de que, quanto mais esquerdista for um funcionário, maior a chance de ele arrumar picuinhas no trabalho e também processar a empresa por qualquer pequena questão.
Desta vez, o que viralizou e gerou polêmica foi uma postagem no Instagram. O empresário e influenciador tem 800 mil seguidores na plataforma, e alugou um triplex na cabeça das feministas com o seu story. Um seguidor fez a seguinte pergunta: "Se sua mulher fosse CEO de uma grande companhia, vocês estariam noivos?". Para quem não sabe, CEO é o mesmo que presidente de uma empresa. Tallis então respondeu: "Deus me livre mulher CEO. Salvo raras exceções, (eu particularmente conheço 2); essa mulher vai passar por um processo de masculinização que invariavelmente vai colocar meu lar em quarto plano, eu em terceiro plano e os meus filhos em segundo plano." A declaração continua, mas vamos analisar até aqui. É inegável que quando uma pessoa tem alguma profissão de alta performance, como altos executivos, atletas olímpicos, cirurgiões renomados, entre outros, ela não consegue dar tanta atenção para a família. Isso vale tanto para homens quanto para mulheres. Por isso, o famoso empresário chamou esse processo de masculinização, o que não me parece o termo mais preciso, mas o que não se pode negar é que historicamente o papel de prover é do homem.
Ele continuou: "Vocês não fazem ideia da quantidade de stress e pressão envolvida em uma cadeira como a minha. Fisicamente, você fica abalado, psicologicamente você precisa ser muito, mas muito cascudo para suportar. Na média, esse não é o melhor uso da energia feminina. A mulher tem o monopólio do poder de construir um lar e ser base de uma família. Um homem jamais seria capaz de fazer isso. Para quê fazer a vida dessa mulher pior dessa forma?" Vamos analisar também esta passagem. De fato a mãe é a base do lar e só mulheres podem ser mães. Cada vez que uma mulher assume uma grande responsabilidade profissional, ela tira tempo da tarefa de ser mãe. Também é verdade que as empresárias podem trazer para as empresas visões que homens não têm. Por exemplo, é comum que empresas de maquiagem, cosméticos ou de moda tenham CEOs mulheres, já que suas experiências consumindo produtos de beleza ajudam num mercado onde o público alvo é feminino. Mesmo em empresas de tecnologia ou engenharia, não há dúvidas que muitas mulheres contribuem enormemente para seus produtos ou serviços. Pela ética libertária, não há um direcionamento do que as pessoas devem fazer. Cabe a cada um buscar a sua felicidade da forma que achar melhor, sem violar os direitos de propriedade de terceiros. Desta forma, se Tallis Gomes prefere um casamento tradicional, no qual sua parceira tem a família como prioridade, e ela também gosta do mesmo tipo de casamento, então está tudo certo, que sejam felizes.
Por fim, o empresário também declarou: "O mundo começou a desabar exatamente quando o movimento feminista começou a obrigar a mulher a fazer papel de homem. Hoje, vejo um bando de marmanjo encostado trabalhando pouco e dividindo conta com mulher. Eu entendo que temporariamente pode acontecer, eu mesmo já passei por isso no passado, mas tem que ser algo transitório. Homem que tem condições de bancar sua esposa e não o faz, está perdendo o maior benefício de uma mulher, que é o uso da energia feminina nos lugares certos, lar e família."
Vamos analisar esta passagem. Tallis tem alguma razão quando afirma que o feminismo obriga a mulher a fazer papel de homem. Isso porque o feminismo em teoria diz que a mulher pode fazer o que quiser, mas, na prática, diminui e constrange aquela moça que escolhe ser dona de casa. Além disso, é verdade que um homem encostado, que trabalha pouco, acaba deixando sua esposa sem escolha, a não ser também trabalhar para ajudar nos gastos da casa. Segundo ele, o melhor uso da energia feminina é no lar e na família. Eu diria que, enquanto o casal não tem filhos, o papel de homem e mulher não faz tanta diferença, já que é perfeitamente possível que ambos se dediquem ao trabalho e cuidem da casa. No entanto, tudo muda quando chega um filho. Somente a mulher fica grávida, somente ela pode amamentar, e somente a mãe, obviamente, tem o instinto materno. É muito natural que, durante o período em que os filhos são pequenos, a mãe desacelere sua carreira profissional. Isso é o que acontece com muitos casais. A família se ajusta da maneira que mais beneficia todos, especialmente as crianças.
Você pode querer levar a vida igual a Tallis, ou de forma diferente. Independentemente disso, ele tem o direito a levar a vida dele da forma que ache melhor. E não há dúvidas que existem muitas mulheres que pensam igual a ele, e gostariam de um homem provedor para poderem se dedicar à família.
A bolha progressista ficou estarrecida, pois eles vivem tão fechados que não conseguem aceitar que alguém pense diferente deles. Eles não aceitam críticas ao feminismo, mesmo com essa ideologia pecando em muitos fatores. Vamos falar de alguns desses pontos.
Em primeiro lugar, o feminismo quer acabar com qualquer diferenciação de papéis entre homens e mulheres. Isso não faz o menor sentido. As diferenças biológicas entre os dois sexos são nítidas, e o fato de as mulheres terem menos força física e poderem engravidar naturalmente as afastou, ao longo da história, de tarefas desgastantes ou arriscadas em áreas externas, atraindo-as para atividades de educação ou cuidados de crianças, doentes e idosos. Isso não é uma expressão do patriarcado ou de qualquer opressão, mas apenas a humanidade se organizando da forma que mais faz sentido para todos, inclusive para as mulheres. É claro que há exceções, como mulheres eletricistas, assim como homens cuidadores de idosos. Também existem áreas em que, estatisticamente, o gênero faz pouca diferença, como o direito ou a administração. De qualquer forma, não há como negar que, em muitas áreas, os gêneros assumem papéis distintos, e não há nenhum problema nisso.
Segundo, o feminismo quer forçar a igualdade de renda para ambos os sexos, enxergando qualquer disparidade como fruto da opressão. As militantes feministas, inclusive, tentam usar da coerção estatal para forçar cotas por gênero em universidades e cargos públicos. Para quem entende as dinâmicas do mercado, fica claro que essa luta não faz sentido. As empresas tendem a escolher os profissionais que mais contribuem para o lucro, independente do gênero deles. O fato de, em algumas situações, as mulheres ganharem menores salários, se deve a escolhas profissionais, além do fato já citado de desacelerar a carreira quando chegam os filhos. Inclusive, muitas vezes as mães são as que decidem como o dinheiro familiar será gasto. Um levantamento da empresa de tecnologia, Linx, mostrou que 80% das compras em e-commerce são feitas por mulheres. Desta forma, se há alguma diferença salarial entre homens e mulheres, isso não se deve a nenhuma opressão.
Terceiro, o feminismo se coloca a favor de leis que favorecem as mulheres em detrimento dos homens. Durante a história, de fato havia várias leis que prejudicavam as mulheres. Por exemplo, no código civil de 1916 a esposa precisava pedir permissão para o marido para trabalhar fora de casa, realizar contratos ou cuidar de seus próprios bens. Não há dúvidas de que isso era um absurdo. Pela ética libertária, todo ser humano tem direito à propriedade e todos devem ser iguais perante a lei. Ao longo do tempo, felizmente, chegamos à igualdade jurídica entre ambos os sexos. No entanto, as feministas não se dão por satisfeitas, e se colocam a favor de leis como a Maria da Penha, que pode punir homens sem julgamento, o que apenas contribui para um cenário de injustiças.
Enfim, a escolha de Tallis Gomes sobre com quem ele deseja se casar é pessoal. E suas críticas ao feminismo têm fundamento. Mas, infelizmente, a horda progressista, também chamada de woke, não aceita que ninguém pense diferente dela. Tenta prejudicar a todos que saiam de sua seita lunática e passivo-agressiva. Depois da repercussão da postagem, o empresário pediu desculpas, deixando claro que há ótimas profissionais mulheres, e que a opinião é sobre seus relacionamentos pessoais. Se eu puder dar um conselho ao Tallis, diria para ele não pedir mais desculpas ou se render ao barulho progressista. Isso só dá mais força para os intolerantes, que não conseguem ouvir uma opinião diferente de forma civilizada.
Enfim, como bem disse o famoso escritor e psicólogo Jordan Peterson: "Nunca peça desculpas a uma turba sedenta por sangue. Você não está lidando com pessoas com as quais pode reestabelecer um relacionamento. Você está lidando com uma ideia sem alma que possui pessoas". Esse recado vale para todos que são cancelados por militantes raivosos e muitas vezes se curvam pelo medo de retaliação.

Referências:

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/08/06/tallis-gomes-80-horas-de-trabalho.htm
https://exame.com/carreira/as-carreiras-preferidas-por-homens-e-por-mulheres-no-brasil/
https://exame.com/bussola/80-das-compras-em-e-commerce-sao-realizadas-por-mulheres/