CHINA em COLAPSO: a ECONOMIA COMUNISTA segue DESABANDO e a CRISE pode impactar o MUNDO INTEIRO

Os dados econômicos divulgados pelo governo comunista da China, referentes ao segundo trimestre de 2024, indicam que a crise econômica está cada vez mais próxima.

Mais uma vez, os dados econômicos chineses são preocupantes. O governo de Pequim divulgou os números do crescimento econômico da China, referentes ao segundo trimestre de 2024. E esses números foram decepcionantes para o mercado, de forma geral, por conta das expectativas firmadas - que, por sinal, já eram modestas e conservadoras. No período compreendido entre abril e junho deste ano, a economia chinesa cresceu apenas 0,7%, na comparação com o trimestre imediatamente anterior. No acumulado de 12 meses, esse crescimento foi de meros 4,7%.

Ok, isso parece ser um resultado razoável, longe de ser uma crise econômica, não é mesmo? Acontece que esses números carregam, em si, alguns problemas. Em primeiro lugar, o mercado projetava um crescimento acumulado próximo de 5,1%. Ou seja: a economia chinesa está menos aquecida do que se esperava, originalmente. O segundo ponto é: como diabos o governo chinês já dispõe desses dados? A título de comparação: o governo brasileiro só vai apresentar os dados do PIB do 2º trimestre deste ano no fim de agosto. Como é que, em meados de julho, a segunda maior economia do mundo já conseguiu consolidar todos esses dados? Isso é, no mínimo, suspeito.

Só que o terceiro (e maior) problema, que deriva do segundo ponto apresentado, se refere à confiabilidade desses números estatais. Como bem sabemos, tudo o que vem do Partido Comunista Chinês tem que ser colocado em discussão. Esses dados não são verificáveis - pelo menos, não diretamente. Então, o que nós podemos fazer é comparar a taxa de crescimento do PIB, apresentada pelo governo chinês, com outros indicadores para, a partir daí, tirar nossas próprias conclusões.

Pois bem: vamos aos números. É certo que as vendas no varejo chinês estão, sim, crescendo, conforme os dados oficiais. Só que o ritmo desse crescimento é cada vez menor. Na verdade, estamos falando do menor crescimento desde 2022 - algo que demonstra, claramente, uma perda de confiança, por parte do consumidor. Isso já se reflete nos preços: acredite ou não, mas a China tem enfrentado uma forte deflação nos últimos meses. Entenda-se aqui “deflação” como queda nos preços, de forma generalizada. O 2º trimestre de 2024 foi o quinto trimestre seguido com deflação - sendo essa a maior queda de preços desde 1999. Sim: esse já é o pior cenário do século 21.

Ok, mas por que essa queda de preços seria algo ruim para a economia? Isso é simples de entender: se a moeda chinesa não está se valorizando frente ao dólar e outras moedas, então não estamos falando de uma deflação natural - quando a produção supera a disponibilidade de moeda. Estamos falando de uma queda na demanda: os preços na China desabam, porque os chineses não querem mais comprar. Só resta aos vendedores reduzir os preços, para conseguir desovar seus estoques.

E por que essa demanda tem caído? Isso também é simples de se entender: é um misto de desemprego e redução salarial. Por um lado, menos chineses têm condições de gastar dinheiro, por simplesmente terem perdido seu emprego, ou por sua remuneração ter diminuído. Por outro lado, as famílias que ainda possuem renda ficam mais cautelosas, por não saber se, amanhã, essa renda ainda vai existir.

Na verdade, o problema do desemprego na China é tão grave, que o governo chegou a mudar a metodologia do cálculo desse indicador entre os jovens de 18 a 24 anos. Em meados do ano passado, o governo comunista parou de divulgar esses dados, que já apresentavam um desemprego de 25% entre os chineses nessa faixa etária. Na sequência, porém, Pequim voltou a divulgar essas informações, utilizando uma “nova metodologia” que fez esse número magicamente cair para 14% - vai vendo. Quando o Partidão precisa manipular os números de formas tão grosseiras, é porque a vaca já foi para o brejo.

Voltando ao problema da queda dos preços: veja como diversos setores do varejo viram os preços despencarem, num intervalo de 12 meses. A venda de carros no varejo caiu 6,2%. Já as vendas de eletrodomésticos recuaram 7,6%, enquanto a venda de materiais de construção caiu 4,4%. Perceba como isso coloca em xeque o suposto crescimento do varejo na China, apresentado ainda há pouco. Agora, se você quer saber como o índice geral do varejo chinês apresentou crescimento, se os setores, de forma isolada, encolheram - problema seu! O Xi Jinping não lhe deve explicação!

Seguindo com nossa análise das minúcias da economia chinesa, chegamos à produção industrial - a nova queridinha do Partidão. Sim, esse setor apresentou um leve aumento, entre abril e junho deste ano. Só que esse número, obviamente, reflete não uma demanda do mercado, mas sim incentivos estatais. Temos visto, nos últimos meses, se espalhar pelo mundo, uma percepção de que todos os países estão sendo inundados por produtos chineses que não foram exatamente demandados por ninguém. Pense nos portos belgas, que estão abarrotados de carros elétricos chineses que ninguém quer comprar, e você vai entender do que eu estou falando.

Contudo, mesmo essa indústria artificialmente inflada não será capaz de suportar todo o restante dos maus resultados da economia chinesa. Ou seja: não vai ser a indústria que vai segurar essa peteca, quando ela começar a cair de vez. E quem está puxando a economia chinesa para baixo, como não poderia deixar de ser, é o setor imobiliário.

Nós já falamos, em vários vídeos aqui do canal, a respeito desse tema. Recomendamos o vídeo: “CHINA vai tentar resolver sua CRISE IMOBILIÁRIA com IMPRESSÃO DE DINHEIRO: o colapso vem aí!” - link na descrição. E, ao que tudo indica, esse setor, que consumiu trilhões de dólares nos últimos anos, está chegando aos seus estertores.

Em junho deste ano, o preço dos imóveis novos na China despencou 0,7%, acumulando 4,5% de queda em 12 meses - a pior sequência em 9 anos. Em maio, os preços também já haviam caído 0,7% - vai fazendo as contas aí. O investimento no setor, por sua vez, desabou 10% no primeiro semestre, sendo que a venda de casas por área útil desabou 19% no mesmo período. O que já estava ruim, está piorando ainda mais, em 2024.

Enquanto isso, o governo chinês tenta torturar os números, para que eles apresentem o resultado desejado. O “magic number” buscado pelo Partido Comunista é um crescimento do PIB chinês de 5%, em 2024. Muito menor do que no passado, sem dúvidas; mas, ainda assim, difícil de se alcançar. Como vimos, nem mesmo martelando os números, a China conseguiu atingir esse patamar, no acumulado de 12 meses que se encerrou em junho. Por conta disso, as expectativas do mercado financeiro já apontam para a frustração desse plano comunista - cravando 4,9% de crescimento, de acordo com o Goldman Sachs.

Mas, vamos lá: isso não parece pouca coisa - principalmente se compararmos com a realidade brasileira, em que as previsões apontam para um crescimento econômico de meros 2%, para este ano. Só que existem vários problemas envolvidos com o cálculo do PIB - de forma geral, e especialmente, no caso chinês. A conta do PIB leva em consideração o gasto estatal. E, ao que tudo indica, a economia chinesa parece ainda crescer por conta de investimentos ruins feitos pelo governo de Xi Jinping, para evitar o colapso econômico do país. Ou seja: não é crescimento real, orgânico, efetivo. É apenas o governo desperdiçando dinheiro para simular uma prosperidade que não existe.

Por estes dias, Xi Jinping vai se reunir com o politburo do Partido Comunista - os 24 principais membros do governo chinês. Dessa reunião, certamente sairão planos quinquenais ou coisas do tipo, visando evitar o inevitável, por meio de mais intervenção econômica e mais distorção dos mercados. Nós já até adiantamos esse tema aqui no canal, no vídeo: “Xi Jinping afirma que CHINA vai se ABRIR AO MERCADO: o comunismo FALHOU ou é só outra MENTIRA?” - link na descrição. Mas sabe o que isso vai mudar na economia chinesa? Absolutamente nada.

A verdade é que o problema econômico chinês não é pontual. Não se trata de um mero incômodo que vai ser corrigido com alguma intervenção estatal. O problema da segunda maior economia do mundo é estrutural: o estado chinês está destruindo a economia do país, em alta velocidade. Décadas seguidas de intervenção agora cobram o seu preço. E a catástrofe que vai se seguir, quando o combustível da intervenção estatal finalmente cessar, não pode ser descrita com palavras. É preciso ver para crer.

No passado, Mao Tsé-Tung arruinou a China e levou dezenas de milhões de pessoas à morte, com suas ideias tresloucadas de economia planificada. Na sequência de sua morte, uma modesta abertura econômica do mercado e ao exterior foi o suficiente para tirar o país da miséria e transformá-lo na segunda maior economia do mundo. Agora, contudo, o gás da intervenção acabou; e Xi Jinping continua apostando todas as suas fichas comunistas num modelo fracassado. Ao invés de aceitar que o plano deu errado, e que o colapso é inevitável, o Ursinho Pooh chinês segue colocando ainda mais lenha nessa fogueira.

A grande pergunta, portanto, não é SE a economia chinesa vai colapsar. E, talvez, nem seja QUANDO isso vai acontecer. A real pergunta a se fazer é: o que vai acontecer com o mundo inteiro, a partir daí? Bem, podemos concluir que as perspectivas são as piores possíveis, olhando para como os investidores e analistas têm tratado do tema. Eles estão, basicamente, implorando para que o governo chinês faça uma nova rodada de intervenção econômica, para evitar o inevitável. É como se diz: quem tem…, tem medo.

Mas nada disso vai resolver a economia chinesa. Não são reuniões de politburo, ou bilhões de dólares de estímulo à indústria, que vão tirar a China do caminho do desastre. A única alternativa para o gigante chinês é abandonar por completo o comunismo, e tolerar os longos anos de recuperação econômica que se sucederão. Afinal de contas, não há brincadeira comunista que não cobre seu preço em recursos, tempos de vida e sangue dos cidadãos sujeitos a esse regime. Infelizmente, para os chineses, não há nada que indique que essa correta solução será adotada, no curto prazo.

Referências:

https://finance.yahoo.com/news/china-growth-slows-4-7-023521207.html

https://www.china-briefing.com/news/chinas-third-plenum-expected-outcomes-significance-policymaking/

https://www.reuters.com/world/china/china-june-new-home-prices-fall-fastest-pace-9-years-2024-07-15/

https://www.lemonde.fr/en/economy/article/2024/05/04/belgium-s-ports-drowning-under-glut-of-chinese-electric-cars-some-are-parked-here-for-a-year-sometimes-a-year-and-a-half_6670373_19.html

CHINA vai tentar resolver sua CRISE IMOBILIÁRIA com IMPRESSÃO DE DINHEIRO: o colapso vem aí!
https://www.youtube.com/watch?v=8NdJRYKcvz4

Xi Jinping afirma que CHINA vai se ABRIR AO MERCADO: o comunismo FALHOU ou é só outra MENTIRA?
https://www.youtube.com/watch?v=cZ2mbtqbhxE