Os planos da Disney e o METACAPITALISMO

Quem disse que uma empresa que conexões políticas têm que dar lucro?

De maneira ideal, o capitalismo de livre mercado pressupõe livre concorrência, livre iniciativa, livre associação, liberdade de expressão e... Será que esqueci alguma?
Enfim, o capitalismo ou como gostamos de denominá-lo, o anarcocapitalismo pressupõe um ambiente de liberdade, sem amarras de qualquer natureza, seja burocrática, regulatória ou confiscatória.


Ou seja, traduzindo em mais miúdos ainda, cada empreendedor deve ter liberdade total para iniciar e encerrar seus negócios quando bem entenda. Ele pode oferecer quaisquer produtos ou serviços na sociedade, absolutamente livre de exigências coercitivas, impostos ou qualquer tipo de burocracia.


Por essa definição fica mais fácil de ver o quão distante estamos de um mundo verdadeiramente capitalista e que, no Brasil, nunca sequer existiu.
Esse ambiente de negócios brasileiro é perfeitamente descrito por Ayn Rand, quando ela escreveu:
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de nós; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
Então, só falta marcar o enterro do Brasil...

É fato que a organização econômica baseada em planejamento central já foi predominante em muitos países como ainda o é. E dentro desse paradigma, cabia ao estado organizar as relações comerciais entre os diversos entes da sociedade. De maneira ideal, caberia ao estado garantir a idoneidade dos serviços prestados, a qualidade dos produtos e o cumprimento dos contratos.
No entanto, dentro do atual paradigma tecnológico que já vivemos, o estado centralizado configura-se como um ente obsoleto. A maneira mais eficiente para organizar a sociedade, com a tecnologia que dispomos hoje, é de maneira descentralizada, cuja comunidade de usuários administra, verifica e valida os provedores de serviço. Algo como se vê facilmente no Uber, em que a solicitação de serviço é feita pelo usuário e cada condutor tem a liberdade de prestar seu serviço, a qualquer momento. Nesse modelo, o cliente e o condutor são avaliados mutuamente e constantemente monitorados pela comunidade.


Esse tipo de organização é conhecida como DAO - Descentralizad Autonomous Organization e que não conta com um planejamento central. O caso da Uber ainda não é um bom exemplo de DAO, porque há uma empresa que desenvolve o aplicativo e administra os serviços, incluindo melhorias contínuas. Mas há DAO's nas quais sequer há um ente centralizado, como o Bitcoin, por exemplo.

Estamos discorrendo sobre esses temas para mostrar que há muito tempo não se vê capitalismo de livre mercado no mundo e que, dentro do atual paradigma de estado-nação, isso não vai acontecer! Os políticos e burocratas no poder dificilmente aceitariam reduzir o tamanho do estado, acabar com cargos e repartições públicas apenas para ver o pobre povo sendo feliz num modelo capitalista.


A única maneira de florescer um verdadeiro anarcocapitalismo é a partir de organizações descentralizadas que operem em paralelo ao atual status quo. É aquela coisa: não dá para tentar salvar um sistema doente, no caso, o estado; o que podemos fazer é criar um novo sistema que está acima desse modelo falido de organização social.


Mas, se a atual configuração da organização social impede o capitalismo de livre mercado, então obviamente surgiriam empresas a ocupar esse espaço no mercado e são essas empresas as que chamamos de metacapitalistas.


O prefixo “meta” em grego sugere uma modificação, portanto estamos falando de um capitalismo modificado, adulterado na sua essência. Pois empresas que formariam um livre mercado, no modelo atual, atuam junto a governos coercitivos, justamente para impedir qualquer faísca de livre iniciativa e concorrência que possam florescer na sociedade.


E isso não é uma coisa nova! Chesterton, no início do século 20, já via esse fenômeno acontecer, observando como megacorporações se formavam na Inglaterra e como elas se associavam com o governo. Inclusive com a participação de políticos e burocratas em sua organização, criando um sistema perverso de retroalimentação, no qual a alta cúpula de empresas opera com lobistas junto a políticos para produzir regulamentações estatais coercitivas. É uma forma de encarecer produtos e serviços de seu interesse e, que por sua vez, impedir a ascensão de pequenos concorrentes, garantindo assim uma gorda fatia de mercado para poucas e gigantes corporações que dominam tudo. Essas poderosas corporações, então, funcionam como monopólios ou oligopólios extremamente concentrados e lucrativos. Hoje temos vários exemplos disso como Microsoft, Exxon Mobil, Meta, Amazon, Bayer e várias outras.


É de se lembrar quando Paulo Guedes afirmou que no Brasil há cinco empresas de telefonia, duas de energia, seis bancos e 200 milhões de otários pagando a conta. Realmente, ele tinha muita razão!

Por fim, também podemos citar que os economistas Ludwig von Mises e Friedrich Hayek também analisaram o fenômeno da interação de grandes corporações com os governos e da criação de monopólios artificiais, que encareciam e degradavam produtos e serviços na sociedade. Mas se quiser saber mais, recomendamos conhecer a Escola Austríaca de Economia, composta por inúmeros intelectuais que analisam os fenômenos econômicos a partir da perspectiva dos indivíduos agindo com base em seus próprios interesses e preferências.



Agora você deve estar perguntando: o que a Disney tem a ver com isso?
Na verdade, a Disney inaugura uma nova fase no metacapitalismo. Além de ter tido a licença governamental para cobrar impostos em seu território e prover serviços públicos à sua maneira (contado com farto financiamento estatal para diversas produções), agora ela conta com aportes massivos de recursos de fundos, desde que atenda as agendas de grandes corporações. Essas corporações, são, sim, metacapitalistas tradicionais.


É claro que a administração privada é mais eficiente e ética que a administração pública, no entanto, a concessão da área para a Disney cobrar seus impostos, criou um monopólio que a beneficiava frente aos concorrentes! O que defendemos é que toda e cada uma das propriedades privadas faça a gestão de seu território e não só a Disney. Mas que sejam propriedades legitimamente adquiridas e nada fruto de favorecimento de governos.


Então, se no início o metacapitalismo levava megacorporações a lucros extravagantes, agora a Disney mostra a face de que o lucro não importa mais, o que importa é a propaganda - além de boas conexões políticas.


Dessa maneira, o serviço que a Disney tem prestado não é mais a seus espectadores, mas aos interesses de outras grandes corporações, em associação com políticos e dentro de um espectro político bem conhecido: o da esquerda americana cada vez mais comunista.


Então quando você, meu caro liberteen, vai assistir a um filme e vê apenas homens fracos sendo pau-mandado de mulheres tresloucadas, que tem dons inimagináveis, você não está vendo uma obra de arte, você está vendo uma peça de propaganda!


Propaganda essa meticulosamente engendrada por equipes, que dispõem de centenas de milhares de dólares, para te convencer que as gerações passadas são repletas de pessoas idiotas e racistas. A mensagem deles é que a sua geração é a que vai salvar o mundo chorando na frente do tweeter, e que a geração futura não importa, já que o que importa mesmo é garantir o máximo de satisfação pessoal.


Veja que nesse ambiente não valem os ensinamentos que a Escola Austríaca de economia nos ensinou, eles não valem para a Disney e para os metacapitalistas, já que eles estão dentro de outra organização social e econômica. Essas corporações não funcionam numa lógica natural de mercado, mas obedecem a um esquema artificial, mantido com o dinheiro roubado da sociedade pelos políticos de plantão.


Mas calma que ainda há outro aspecto: os grandes fundos de investimento que bancam a Disney, a princípio operam dentro da lógica de mercado. No entanto, lembre-se que há ciclos econômicos que são oriundos justamente da ação estatal de aumento da base monetária. Quem perde dinheiro com os ciclos de mercado somos nós pobres e trabalhadores. Mas esses mega conglomerados enriquecem cada vez mais.


Se tiver alguma dúvida sobre isso, veja o quanto cresceram as empresas farmacêuticas com a produção de picadas durante um período recente de restrições e autoritarismo (você sabe). Estimativas dizem que os lucros foram da ordem de U$30 bilhões, representando um aumento de 41% em apenas 1 ano. Fora isso, a impressão de dinheiro ao longo do tempo concentra riqueza entre os mais poderosos e os que têm acesso ao sistema de crédito fácil e barato, empobrecendo os que estão na ponta: nós, os consumidores finais. Esse é o que chamamos de efeito Cantillon, cujos resultados podem ser conferidos no site: “what fuck happened in 1971”, cujo link segue na descrição.


Então, a relação espúria entre metacapitalistas e governos, mundo afora, se dá em três níveis:

1. Políticos criam regulamentações e legislações absurdas que favorecem os produtos das megacorporações e aumentam seus lucros;
2. Parte dos lucros gordos auferidos pela concentração de mercado, retornam aos políticos como propina e financiamento de suas campanhas;
3. Políticos e megacorporações financiam outras megacorporações da área de entretenimento para gerar propaganda, a fim de avançar sua agenda. É justo aí que entra a Disney.


Assim, pouco importa o quanto de prejuízo dão os filmes da Disney. Eles francamente não estão interessados nisso. E, realmente, os últimos lançamentos têm dado muito prejuízo, da ordem de U$700 milhões de dólares em 2023, mas isso não importa! Essas centenas de milhões de dólares são trocados, diante de todo o volume operado por essas megacorporações em conluio com os mafiosos do governo.


E você coitado, que vai ao cinema assistir a um filme da Disney, ou seja lá de qual empresa dessas lacradoras, não se espante! Não haverá uma retomada de qualquer nível artístico que seja. A Disney não está nem aí para você ou para o que você pensa. Na verdade, ela quer mudar sua visão de mundo! Ela quer dizer que você está errado, que você é um cara mau e que tem que adequar aos novos costumes, para que seja aceito como uma pessoa legal.


Então, nós, do Visão Libertária, queremos dar uma banana pra essa gente fraca e covarde. Desejamos que todo esse pessoal de propaganda Woke se exploda e que caminhem todos para o precipício, porque não nos importa esse tipo de propaganda anti-humana e antinatural.


Gabriel Liiceanu analisa que toda a pseudo-arte Woke parte de uma mentira, que gera ódio, com intuito final de seduzir os incautos adolescentes, que tem pouco ou nenhum preparo para perceber a armadilha para onde tem sido atraídos. Atraídos como moscas à luz que os queima vivos.


Por fim, é belo e moral perceber uma reação a essa deturpação da arte. Já surgem pequenas iniciativas, que tem produzido grandes obras de cinema e contando histórias incríveis. São iniciativas descentralizadas, muitas com financiamento coletivo. Essas, sim, atuando sobre as leis de mercado e preocupadas com o cliente final: você!


E para continuar nesse assunto veja agora o vídeo: “A luta da DISNEY para DESTRUIR a FIGURA PATERNA”, aqui do canal. O link segue na descrição.

Referências:

A luta da DISNEY para DESTRUIR a FIGURA PATERNA
https://www.youtube.com/watch?v=QLrxMe6Q9gA

DISNEY em APUROS: entre a CENSURA e a LACRAÇÃO
https://www.youtube.com/watch?v=RDcMEYH13aA

What Fuck Happened in 1971
https://wtfhappenedin1971.com/