A partir de 2 de agosto, o Brasil não deveria mais ter lixões. É o que determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010. Uma incompetência de apenas 14 anos.
A decisão de 2010 do governo Lula de acabar com os lixões no Brasil não foi cumprida em 2014. Mostrando que não só o estado é incompetente, mas que todos os parasitas que gritam por preservação do meio ambiente também são inúteis. Depois de catorze anos da mais pura incompetência, chegamos em 2024, ano limite para se extinguir todos os lixões. O Brasil da mula de nove cascos ainda tem esses depósitos de lixo ao ar livre, sem controle ambiental, sanitário e de segurança. Vídeos de idiotas úteis cantando sobre salvar a Amazônia só serviram até o Molusco voltar ao poder. Ambientalistas são completamente inúteis para mudar a realidade de 1,5 mil lixões espalhados em nosso país.
Na narrativa, separar o lixo seria a tarefa do futuro por um mundo melhor. Mas pelo jeito este futuro não chegou e não chegará. Caminhões de lixo apenas jogam todo o dejeto em qualquer lugar! A regra anterior para adequar o lixo separando o seco do orgânico tinha prazo. Até 2014. Depois passou para 2015. Por fim, para 2020. Mas, mudou para 2021 e finalmente para 2024. Entretanto, nossos ambientalistas de plantão não irão falar nada, afinal, estão muito preocupados com as girafas da Amazônia. Até porque, as queimadas não são pautas de discussões, mesmo que este ano esteja sendo a pior temporada de queimadas nos últimos dezessete anos. Mas, voltemos aos lixões. Nós, os cidadãos, separamos nosso lixo, como bons indivíduos que somos. Acontece que isso não muda muita coisa, até porque tanto os dejetos recicláveis quanto os orgânicos vão para o mesmo buraco ao ar livre.
Logo na primeira reunião do ano, em fevereiro, a Comissão de Meio Ambiente, a CMA, revelou que a meta de extinção dos lixões não seria cumprida. Ainda são encaminhados para esse tipo de depósito irregular 15% dos rejeitos e 40% dos resíduos em geral no país. Os números são baseados em dados oficiais, segundo o documento. A ideia ultrapassada que impede qualquer evolução, é aquela na qual os ambientalistas ouvidos são aqueles de ideal político progressista. O que impede qualquer tipo de diálogo com iniciativas privadas. Sentar, tomar uma cerveja e conversar com empresas e pessoas que queiram propor trabalhos para restaurar estes ambientes, está fora de cogitação. Isso não entra na cabeça dos ambientalistas. Empresas propondo trabalho, reciclagem e transporte para um destino adequado? Não. Impossível haver diálogo.
Um assunto discutido em audiência pública da CMA por Jorge Seif, parlamentar pelo PL de Santa Catarina, foi o reaproveitamento do lixo em energia elétrica. Mas não adiantou. Os ambientalistas decidiram que o lixo não seria utilizado para gerar energia! Os bastiões do mundo verde decidiram que o lixo, que polui o ambiente, não seria reciclado para este fim. Seria melhor, mantê-lo nos lixões mesmo! André Galvão, executivo da ABREMA, afirmou que os aterros podem gerar energia elétrica a partir do biogás, haja visto que trinta e sete aterros já produzem este tipo de energia no Brasil. Mais uma vez, provando que um lixeiro traz mais benefício a uma sociedade, do que um PhD em ambientalismo.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos mostrou que a situação de pequenas cidades não melhorou em nada desde 2021. E que embora a construção de novos aterros não seja viável, não existe diálogo para outras soluções. Para fortalecer as prefeituras, o atual governo anunciou em 2023 que liberaria 1,7 bilhão de reais para gestão de resíduos sólidos. Ou seja, a mula de nove cascos tirou dinheiro da educação e, literalmente, jogou no lixo. No orçamento de 2024, a União destinou 102 milhões de reais aos municípios, que ainda não foram desembolsados. Ou seja, prometeram, mas o repasse nunca foi feito. Até o momento, as autoridades jogam a culpa uma nas outras. A batata quente pula para a falta de recursos federais, depois a jogam para o prazo para se livrar dos lixões, e depois para os municípios. Mas ninguém aponta o veto presidencial contra o apoio técnico e financeiro da União! Esse apoio estava previsto no projeto que deu origem à Lei 14.026, de 2020, o Marco do Saneamento Básico. Bolsonaro prometeu apoio, e o cachaceiro vetou!
O prazo legal para a extinção dos lixões foi de Americanas. Projetos de lei estão em tramitação no Senado para tentar fazer valer a decisão que nunca foi concluída! Aprovaram o PL 775/2020, do senador Fabiano Contarato (do PT pelo ES), que celebra a Semana do Lixo Zero. Não cumpriram o prazo de 14 anos, não tem previsão nova, não tem apoio do próprio presidente, mas querem fazer nova lei! E depois dizem que nós somos os errados.
Existe um documentário de mais de 40 anos chamado de Ilha das Flores. Se trata exatamente da vida miserável de pessoas nos lixões. Assim como existem outros tantos filmes mostrando os problemas com os desejos da sociedade. Meu ponto é que durante estes 40 anos e da ascensão de ambientalistas na política, podemos dizer com propriedade, que ninguém, principalmente o governo, se importou com este tema! Nunca se importaram com o meio ambiente ou com as pessoas!
Marina Silva é novamente Ministra do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas! Como cidadãos, temos o direito moral de enfiar o dedo na cara dela e dizer que a culpa é dela! As queimadas na Amazônia são as maiores da última década! O prazo de zerar os lixões nunca foi cumprido. Existem vários indivíduos que defendem a proteção do meio ambiente, mas não como um bem público. Muitos libertários, inclusive, defendem que espaços verdes são necessários para a vida humana. Inclusive, foram a favor da concessão do parque Ibirapuera para uma empresa administrar o local. Apesar de não ser a mesma coisa que um local privado, já é um pequeno avanço.
O mundo está simplesmente cheio de lugares onde os problemas com o lixo foram resolvidos. Graças a empresas que oferecem produtos e serviços para transformar os resíduos em matéria-prima para a produção de energia. Se os políticos no Brasil conseguem evitar este diálogo, então o lugar deles é no meio destes lixões. Já não é mais uma questão de competência, mas de ideologia. Entre as soluções que já deveriam ser debatidas, podemos citar a Suécia que utiliza o biogás do lixo para movimentar seus veículos coletivos. Sim, os ônibus de lá são movidos a biogás gerado pelos dejetos humanos. A Holanda queima seu lixo e produz eletricidade para os domicílios das cidades. O calor faz o vapor da água circular e girar uma turbina que gera eletricidade. O Japão e a Alemanha também. Se não fosse o Estado, quem iria se negar a dialogar sobre essa solução por você?
Portanto, deixemos alguns questionamentos finais. Se não fosse a incompetência estatal, quem levaria 14 anos para não resolver os problemas relacionados a destinação do lixo? Se alguém resolver o problema, o STF anularia tudo para beneficiar o Molusco? Se jogarmos um artista lacrador no lixão, estaremos contribuindo ou piorando o problema dos dejetos humanos? O CD da Anitta é lixo seco ou lixo orgânico? Usar um livro de Karl Marx como papel higiênico é reciclagem ou uso correto? Se plástico é feito de petróleo, feito de dinossauros, então um dinossauro de plástico é feito de dinossauros? E por fim, o mais importante: se a mula de nove cascos colocou 1,7 bilhão de reais no lixo, seria essa a confirmação de que nosso dinheiro de nada vale?
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2024/08/02/na-data-limite-para-fim-de-lixoes-destino-dos-residuos-ainda-desafia-municipios
https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2024/08/21/amazonia-tem-pior-temporada-de-queimadas-em-17-anos-corredor-de-fumaca-se-espalha-e-afeta-10-estados.ghtml