Enquanto Javier Milei rouba a cena em todos os noticiários, a esquerda derrotada segue em seu chororô.
Javier Milei é realmente impossível! Além de revolucionar a economia da Argentina, alcançando resultados inimagináveis em pouquíssimo tempo, o presidente libertário também faz a esquerda mundial arrancar as calcinhas pela cabeça. Conhecido por seu jeito escrachado e sem pudores tipicamente políticos, e, portanto, hipócritas, Milei manda a real a todo o momento, inclusive citando, nominalmente, seus desafetos. Tá aí algo que não se pode criticar a respeito do presidente argentino: que ele não tem coragem.
Nos últimos dias, uma série de declarações tidas como “polêmicas”, por parte do Milei, tomaram conta dos noticiários. Mais recentemente, o libertário discursou no Congresso Anual do Instituto Argentino de Executivos de Finanças, em Buenos Aires. Nesse evento, que contou com um auditório cheio de executivos do mercado financeiro, o presidente argentino foi aplaudido, efusivamente, em diversas oportunidades. O cara é um sucesso! Parece que, realmente, só funcionário público e universitário é que não gosta do Milei!
Pois bem: nessa ocasião, o presidente argentino aproveitou a oportunidade para afirmar que o Congresso do país está se esforçando para prejudicar seu governo e suas medidas de recuperação econômica. Segundo Milei, a casta política está trabalhando para aumentar os gastos estatais com fins eleitoreiros. Afinal de contas, a Argentina terá eleições parlamentares no próximo ano. Qualquer semelhança com o Brasil, não é coincidência.
É desnecessário dizer que, caso o Congresso argentino consiga viabilizar seus objetivos gastadores, isso bagunçará por completo o arranjo fiscal do governo Milei, algo que, para o presidente libertário, é inegociável. Por isso, Milei afirmou, em seu discurso, que vetará qualquer projeto de lei nesse sentido porque, de acordo com suas palavras, “me importa tres carajos”. Ou seja, ele não dá a mínima. Afinal de contas, porque usar palavras bonitinhas, quando a verdade é evidente?
Ainda nesse mesmo evento, Javier Milei aproveitou para desenhar, para a plateia e para a mídia, de forma geral, seu projeto de dolarização da economia. Não, isso não é apenas uma promessa de campanha: o atual governo argentino segue, a todo vapor, nesse intento. Em primeiro lugar, Milei estabilizará o peso, a moeda oficial. Algo que, por sinal, já está acontecendo. Em segundo lugar, virá uma gradual substituição do peso pelo dólar, no momento em que a taxa de câmbio parar de flutuar absurdamente no livre mercado, simbolizando a estabilização do peso. Isso, por sua vez, realizará o maior dos objetivos do atual governo: tirar a moeda, de uma vez por todas, das mãos do estado argentino. Será o fim da impressão desenfreada de dinheiro, por parte do governo.
Mas, e se o Congresso da Argentina não permitir essas medidas? Afinal de contas, por lá, o presidente também está submetido às vontades dos parlamentares. Bem, Javier Milei mandou a real: ele continuará tentando, enviando projetos de lei para o Parlamento à exaustão. E ele ainda sentenciou: se o Congresso atual não colaborar, os atuais mandatários vão levar uma surra nas urnas nas eleições do próximo ano. Dispondo de maioria no Congresso, Milei vai deitar e rolar em suas medidas de correção dos problemas argentinos. Caso resolvido!
Esse exemplo, obviamente, não foi o único. Alguns dias antes desse discurso, o presidente argentino já havia roubado a cena na Espanha, ao sacanear o primeiro-ministro do país. Participando do evento Europa Viva 24, organizado pelo partido Vox, da direita espanhola, Javier Milei insinuou, em determinado momento de seu discurso, que a mulher do primeiro-ministro estava envolvida em um caso de corrupção. Obviamente, sem a citar.
Explicando essa indireta: em abril, a esposa do premiê Pedro Sanchez, Begoña Gomez, se envolveu num escândalo de corrupção e tráfico de influência para um curso de mestrado em uma universidade de Madrid, do qual ela é diretora. Esse caso, obviamente, repercutiu de forma bastante negativa, implicando o próprio Sánchez nas suspeitas. O premiê, naquela ocasião, afirmou que cancelaria sua agenda por alguns dias para refletir sobre a repercussão do caso, e para decidir qual caminho tomar a partir dali. Cinco dias depois, o primeiro-ministro decidiu permanecer no cargo.
É claro que as declarações de Milei causaram todo um rebuliço, a ponto do governo espanhol exigir retratação, por parte do presidente argentino. Ou seja, a carapuça serviu direitinho. Mas, e aí, o Milei pediu desculpas? É claro que não! O libertário dobrou a aposta, partindo para o ataque frontal. Na sequência, Milei chamou Pedro Sanchez de incompetente, mentiroso e covarde, e afirmou que o primeiro-ministro espanhol é motivo de chacota na Europa. Ou seja: não se pode negar, também, que Javier Milei é um cara contundente.
A verdade é que essas não foram as primeiras declarações polêmicas do presidente argentino, e certamente não serão as últimas. O cara, como bem sabemos, tem o talento nato de pautar o debate público. E ele tem feito isso com maestria! Inclusive, em uma entrevista concedida à BBC, no início de maio, Milei se descreveu como um “fanático amante da liberdade” e afirmou que os perdedores das últimas eleições argentinas hoje “choram” por conta de seu reconhecimento internacional.
E, de fato, o bom governo de Javier Milei já tem um reconhecimento real, dentro e fora do país. Não se trata, apenas, do papel de protagonismo concedido ao presidente argentino pelas direitas mundiais, que já veem o Milei como um nome mais do que disruptivo. Também o FMI precisou colocar o orgulho de parte, reconhecendo a surpreendente capacidade de Javier Milei e de sua equipe econômica de vencer o grave problema fiscal que assola a terra dos hermanos.
É por conta dessa repercussão toda, portanto, que a grande mídia e a esquerda, de forma geral, na Argentina, e também aqui, no Brasil, estão apelando tanto. Para além de se referirem ao Milei como “ultra-libertário” e coisas do tipo, também o acusam de ser um “negacionista”, sabe-se lá de que. Também pesa, contra ele, a acusação de que suas medidas de austeridade estariam lançando os argentinos na miséria e que, agora, a nação entrou em recessão técnica.
Tudo isso, obviamente, não passa de uma grande falácia. Milei não está destruindo a Argentina; ele assumiu um país destruído, coisa que a mídia esquerdista, como sempre, finge não compreender. Até o momento, ele tem se preocupado, apenas, em arrumar a casa, limpando a bagunça do kirchnerismo, para dar novo fôlego à economia da Argentina. Essa purificação toda, como era de se imaginar, cobra seu preço: as pessoas estão ficando mais pobres, as empresas estão quebrando e a atividade econômica está se retraindo. Esse é o curso natural das coisas: todo grau de socialismo exige um pagamento em sangue, por parte do povo, para ser corrigido.
Acontece que essa correção, ao que tudo indica, já está acontecendo, e nada irrita a esquerda e a grande mídia do que isso. A estratégia de Milei, que foge totalmente da cartilha estatista a que todos estavam acostumados, mas que é a estratégia que nós, por aqui, defendemos, já mostra seus primeiros resultados. A inflação tem caído, as contas públicas estão equilibradas e os superávits fiscais já começaram a surgir. A revolta dos funcionários públicos, dos políticos e dos universitários contra o governo Milei demonstra, claramente, que o sucesso do libertarianismo está incomodando muito os progressistas.
A parte mais interessante de tudo isso, porém, é compreender os motivos que têm levado Milei e seu governo ao sucesso que todos nós testemunhamos. Não se trata de intervenção estatal, de planos mirabolantes e de metas de crescimento econômico. Tudo isso são baboseiras, muito louvadas pela mídia e pelos “especialistas”, mas que sempre terminam em tragédia econômica, onde quer que sejam aplicadas. Aliás, foi justamente a adoção de medidas semelhantes que levou a Argentina à atual bancarrota.
Não: o segredo do sucesso de Javier Milei está em compreender que o estado não é a solução. Ele é o problema. Dessa forma, só há um meio de ajudar a reestruturar a economia de um país: tirando o estado da equação. Sem o peso da máquina estatal, a sociedade pode caminhar livre, e o mercado passa a poder resolver os problemas e atender às demandas da sociedade. No longo prazo, a redução da máquina estatal e o aumento da liberdade geram prosperidade, riqueza e estabilidade social. E é justamente isso que Javier Milei tem feito, no governo da Argentina.
Chega a ser empolgante para nós, libertários, vermos as ideias que por tanto tempo defendemos, na teoria, serem aplicadas na prática. Como previsto, nosso argumento econômico tem se mostrado mais do que correto, ele é um argumento vencedor. E a Argentina de Milei tem funcionado como um verdadeiro estudo de caso: um país completamente arruinado por décadas de socialismo, que se reergueu em poucos meses, pela redução do estado, e pelo aumento da liberdade de mercado. Tem como ser mais didático do que isso?
Javier Milei vai continuar causando, porque é importante, agora, chamar a atenção para o seu governo, para que tudo o que é feito em favor da retomada econômica da Argentina não passe despercebido. A polêmica é a chave para o domínio do debate público, que esteve, por décadas, sob controle da esquerda. É hora, também, desse controle ser mudado. Javier Milei foi chamado, no passado, de “candidato meme”, e segue sustentando esse estilo, enquanto presidente. De forma simultânea, porém, os resultados decorrentes de sua brutal redução do estado argentino não são nenhum meme, são a mais pura realidade da sadia ciência econômica que nós, libertários, tanto defendemos.
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