Jordan Peterson vem ao Brasil confirmar nossa pouca inteligência?
Jordan Peterson, conhecido psicólogo clínico e autor, está se preparando para uma visita ao Brasil, onde realizará uma série de palestras. Com datas agendadas para 18 de junho em São Paulo e 20 de junho em Porto Alegre, sua turnê promete explorar temas profundos como psicologia, filosofia e política. Será hipocrisia, ele dizer que o QI médio do brasileiro é inferior a maior parte dos países? Sua posição foi um tanto polêmica, ao comparar o QI, quociente de inteligência, do povo brasileiro ao de outros povos, colocando o brasileiro numa situação comparável a pessoas doentes. Até que ponto isso é verdade?
Não resta dúvida que países emergentes têm piores desenvolvimentos educacionais, isso se reflete posteriormente nas profissões e decisões, não à toa, os políticos bagunçam todo o sistema educacional.
A educação brasileira, por exemplo, é lamentável a anos e, como reflexo, ano passado, em 2023, 84% da população adulta do Brasil não comprou nenhum livro no último ano. Agora, isso significa que a genética de brasileiro nos define?
Jordan Peterson é um psicólogo clínico, escritor e professor de psicologia canadense. Ele ganhou destaque pela primeira vez em meados de 2016 devido a sua oposição a uma lei proposta no Canadá, que adicionava identidade de gênero e expressão de gênero à legislação de direitos humanos do país. Ao se manifestar, recebeu duras críticas e tentaram “cancelar” ele. Até hoje, os que defendem o total oposto dele, o enxergam como um inimigo, como opressivo. Como resposta, sua frase ficou popular - “Nunca peça desculpas a uma multidão sedenta de sangue.”, sabendo que baixar a cabeça só pioraria a situação.
Ainda, em 2018, ele escreveu um livro chamado "12 regras para a vida". Onde o nome já dá uma boa ideia do que se trata. Só não tem a regra 13, que seria não virar um político. Mas, retomando… o Jordan Peterson, sempre falou sobre ordem e caos, como psicólogo, ele passa essa noção de que mentes confusas, agem confusamente.
O que, em partes, podemos associar ao libertarianismo, que defende, que você não pode oferecer o que não tem. Diferente dos políticos que imprimem dinheiro, criando moeda e criando mentiras. Ao entender que o que você tem é o que você pode oferecer, você começa a buscar a criação de riquezas. A escassez é o predominante, se você foca em coisas demais na sua vida, coisas que fogem do seu alcance, vai envolver riscos que sabe que vão te derrubar. “A educação vem de dentro; é o resultado do que faz a própria pessoa, ou o que se passa a essa pessoa – algumas vezes devido ao ensino que recebe e outras apesar dela”, ou seja, existe conteúdo e troca desses conteúdos. Claro, isso é apenas uma analogia, que se encaixa muito bem, mas nem tudo é libertarianismo, nem tudo é psicologia e nem tudo é QI.
O que dá para concluir, é que o QI alto de grandes gênios como o Leonard da Vinci, não era apenas coincidência, não é apenas muita leitura e muito esforço.
Agora, o que explica os jovens dessa geração, terem Q.I. mais baixo que o de seus pais? Uma geração desprovida de inteligência? Devemos avaliar pelo sistema econômico que escolhem?
Um dos argumentos de Peterson, é que as pessoas não gostam da ideia de QI, por ser classificatória mostrando muitas vezes limitações, o que já é forte. Faz sentido quando a maioria se compara a Euler, Pascal e outros gênios, sabendo que são humanos fora da caixa, sem dúvidas. Mas será que o Quociente de inteligência consegue determinar as aptidões de cada um?
Também, conseguimos encontrar outros motivos para uma decadência da geração atual, uma delas é o socioconstrutivismo, uma corrente filosófica moderna, que no Brasil, especificamente, teve maior influência com Paulo Freire e, desde então, colocou o Brasil entre os últimos do mundo em matemática, ciência e leitura, de acordo com o PISA. O que já nos indica que o QI não basta, para indicar o avanço da criança o sistema estatal elimina e tenta eliminar a inteligência. O governo explora ensinos falhos, como Piaget e Paulo Freire, eliminando qualquer possibilidade de avanço individual. Será que Einstein teria sucesso intelectual na física com um ministério da educação cuidando dele?
Mesmo cogitando que o estado cumpra o que promete, que é uma educação de qualidade, existe a padronização do ensino, o que não faz sentido, atribuir para um órgão burocrático a decisão do que você deve aprender. Os seres humanos não deviam ser tratados como instrumentos para os objetivos de outros. Devemos levar as escolhas a sério e não há uma entidade social que possa justificar a supressão desses direitos.
Uma das áreas que Jordan Peterson estuda, é simbologia, por isso ele fala sobre os dois lados da moeda, a ordem e o caos, a ordem como algo bom, ordenado, e o caos como o ruim, os conflitos. Ele deve compreender bem que o estado não deve ser o pai nas suas decisões, pois você aprende com seus erros. Da mesma maneira, Hayek sugere a “ordem espontânea”, que é uma das referências de Peterson, a liberdade espontânea seria a possibilidade dos homens agirem conforme seus instintos e, à partir do caos do mundo, você forma sua consciência, sente fome, vai atrás de alimento, trabalho, etc.
Agora, não é preconceituoso cravar o destino da pessoa, por uma abstração chamada QI? Não é preconceituoso definir a pessoa a partir da sua genética? Sim, é muito. Esse pode ser o maior erro do Jordan Peterson, se ele alimenta esses testes que subjugam as pessoas a fim de classificá-las. Só que esses testes são sempre governamentais, como o ENEM, concursos ou prova militar, e repare que, o mesmo governo que deixa a educação na falência, é o que escolhe em avaliar sua vocação ou aptidão.
No livre mercado uma empresa ignorar alguém que sabe matemática, cuja inteligência foi bem explorada no campo das ciências exatas, não seria tão comum.
Argumentar que alguns estudantes devem receber ensino gratuito é o mesmo que argumentar que as pessoas inteligentes têm que dar riqueza para as despesas das menos inteligentes. É a inibição da inteligência pelo ensino forçado, a coerção sob as vocações.
É como sufocar a criatividade com regras rígidas, forçando as pessoas a seguir um caminho específico em vez de deixá-las explorar suas vontade, deixando de fazer aquilo que mais te motiva a ser bem feito.
Rothbard fez uma análise da educação obrigatória desde os tempos de Lutero no século XVI até os dias mais modernos. Ele chegou à conclusão de que a intervenção do estado na educação geralmente leva a níveis mais baixos de ensino, ao passo que um sistema educacional aberto possibilita a excelência acadêmica e o avanço do conhecimento conforme demandado pelos consumidores. A educação estatal sempre será diferente daquela obtida através do livre mercado, atrasando todos que estão na escola pública. Imagine 11 anos de escola perdidos, parece familiar?
E, pelo menos, o Jordan Peterson é a favor do livre mercado! Ele deve ter uma boa quantidade de satoshis, como se vê no vídeo que o Michael Malice convenceu Peterson que o libertarianismo é o caminho correto.
Bom, não há dúvida que existem os que sempre vão votar nos burocratas querendo um pai estado, se o QI desses for menor que o valor da moeda estatal, fará sentido esse quociente de inteligência, o estado deixa pessoas passarem fome, com seu parasitismo, talvez sugue a inteligência também.
https://www.youtube.com/watch?v=09GSnm5BxT4
https://veja.abril.com.br/politica/carta-ao-leitor-a-derrota-da-inteligencia
https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2023/12/07/84percent-da-populacao-adulta-do-brasil-nao-comprou-nenhum-livro-no-ultimo-ano-aponta-pesquisa.ghtml
https://rothbardbrasil.com/a-educacao-em-uma-sociedade-aberta/#_ftnref19
https://www.youtube.com/watch?v=x2IpZ0mxI5w&t=440s&pp=ygUsam9yZGFuIHBldGVyc29uIGJyYXNpbGVpcm9zIHPDo28gZGVmaWNpZW50ZXM%3D