02 Out. 2023
Escritor: QuintEssência
Revisor: donda
Narrador: KoreaComK
Produtor: Leandro Brito

Justin Trudeau ameaça COBRAR MAIS IMPOSTOS se os SUPERMERCADOS não ABAIXAREM OS PREÇOS

O sonho de Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, sem dúvidas é ser igual ao seu pai. Não, não estou falando do Pierre Trudeau, que também foi primeiro-ministro canadense. Estou falando do Fidel Castro, o finado ditador cubano, que possivelmente é o pai biológico do Justin. E se o político canadense não é capaz de seguir os passos de seu verdadeiro pai em matéria de guerrilha, ele pelo menos copia o Fidel em matéria de medidas econômicas socialistas.

A traquinagem da vez, cometida pelo chefe do governo canadense, realmente tem um tom latinoamericano. Diante da expressiva alta dos preços dos alimentos no Canadá, Justin Trudeau exigiu que os supermercados baixassem os preços desses produtos antes do Dia de Ação de Graças - que será comemorado em 8 de outubro. As exigências foram direcionadas, principalmente, para as cinco maiores redes de supermercados do país - dentre elas, a Walmart e a Costco. Agora, essas empresas precisam apresentar ao governo um plano de “controle de preços”, para evitar que sanções sejam estabelecidas.

De fato, o preço dos alimentos tem subido de forma expressiva no Canadá, nos últimos meses. Se compararmos o mês de julho deste ano com o mesmo mês do ano passado, veremos que esse grupo de produtos teve um aumento de preços na ordem de 8,5%. Esse valor é bastante superior à taxa geral de inflação no país, no acumulado de 12 meses - que é de 3,3%. E sim, para fins retóricos, estamos usando neste vídeo a definição estatal de inflação; ou seja, o aumento generalizado dos preços na economia.

Trudeau foi categórico em suas exigências: “Se o plano deles não proporcionar um alívio real para a classe média e para as pessoas que trabalham duro para aderir a ele, então tomaremos novas medidas e não descartaremos nada, incluindo medidas fiscais”. Ui, ela como ela está bravinha! O que o primeiro-ministro canadense vai fazer, se for contrariado? Vai trocar a cor de suas meias mais uma vez?

Bem, na verdade, a ameaça estatal, nesse caso específico, se concentra na questão dos impostos. Em outras palavras: ou as empresas baixam o preço dos alimentos na marra, ou então o governo vai aplicar alíquotas mais altas aos impostos já vigentes sobre o setor. As empresas, assim, ficam entre a cruz e a espada: elas precisam optar por levar prejuízo ao vender os produtos com preços mais baixos, ou então optar por pagar ainda mais impostos para o estado.

Até porque, de acordo com os supermercados, a alta dos preços dos alimentos não está relacionada à decisão dos empresários, mas sim a fatores que fogem de seu controle - especialmente aqueles de caráter externo. A própria Guerra da Ucrânia, com suas repercussões, é citada como uma das causadoras do atual cenário econômico canadense. Também não se pode desconsiderar os ainda recentes impactos da crise sanitária na economia do país.

A verdade, contudo, é que o governo canadense, que já enfrenta uma crise de popularidade, tem sido pressionado de todos os lados para dar conta da alta de preços. É óbvio que, numa sociedade livre, a única solução real para os preços altos são os próprios preços altos. Afinal de contas, a alta de preços leva a uma maior oferta de produtos que, por sua vez, faz com que os preços caiam novamente. Contudo, não estamos falando de uma sociedade livre. Estamos falando do Canadá.

Por isso, Justin Trudeau e sua gangue decidiram tomar a decisão mais estúpida que se possa imaginar. E se você acha surpreendente que um país como o Canadá, de primeiro mundo, adote uma medida econômica que seria comum na Argentina, saiba que isso tem se tornado cada vez mais comum no mundo desenvolvido. Veja, por exemplo, o nosso vídeo “França CONGELA PREÇOS de mais de 100 itens”, cujo link está na descrição, para ver a aplicação dessa medida socialista na Europa.

O que o governo canadense parece não perceber é que o aumento dos preços dos alimentos, e do custo de vida, de forma geral, não é uma exclusividade do Canadá. Esse já é um fenômeno mundial. A deterioração do poder aquisitivo tem castigado todo mundo, por toda parte. E essa situação se deve, em sua totalidade, às ações equivocadas tomadas por todos esses governos.

A constante impressão de dinheiro, feita por todos os bancos centrais, eleva a pressão inflacionária inclusive no mundo desenvolvido. A alta de preços já é um problema muito incômodo, por exemplo, na União Europeia e nos Estados Unidos. Por outro lado, as medidas sanitárias adotadas por conta da crise do vírus chinês também se mostraram um desastre econômico. Você se lembra daquela história de “saúde em primeiro lugar, a economia a gente vê depois”? Pois é, o depois chegou muito rápido, e para todos os países.

O que já estava ruim, ficou ainda pior. Agora, observamos um cenário de crescimento econômico lento ou quase nulo, sem qualquer traço da recuperação que era esperada no pós-pandemia. Para piorar o cenário, a montanha de dinheiro que os governos imprimiram naquela época agora começa a circular na economia, fazendo os efeitos da inflação serem sentidos.

Agora, some esse cenário macroeconômico às políticas ambientalistas adotadas pelo Canadá, e que penalizam justamente os produtores de alimentos do país. Pois é, uma hora essa conta teria que chegar - e ela, infelizmente, é sempre paga pela população em geral. Não, a culpa do aumento de preços no Canadá não é dos varejistas, ou dos capitalistas malvadões. A subida dos preços é apenas o reflexo natural de uma situação causada pelo próprio estado.

Veja, portanto, como as ameaças feitas por Justin Trudeau não só não vão resolver o problema, como ainda por cima vão aumentá-lo. Pense só: se as empresas diminuírem os preços dos alimentos abaixo de seu custo, elas terão prejuízo. É bem provável, portanto, que elas prefiram pagar para ver, e mantenham a alta dos preços, mesmo com o risco de aumento de impostos. Afinal de contas, se isso vier a acontecer, eles poderão continuar aumentando os preços, para repassar esse novo custo para o consumidor final.

Exatamente: Justin Trudeau exigiu a redução no preço dos alimentos, sob o risco de penalizar… o consumidor final, fazendo os preços subirem ainda mais, por conta dos impostos! Isso é uma verdade tão evidente que deveria ser percebida por todos. Exceto, é claro, por aqueles sujeitos que aprenderam economia com a Janja, e que acreditam que quem paga os impostos não é o consumidor, mas sim as empresas.

Se o governo canadense tivesse o real objetivo de fazer os preços dos alimentos diminuírem, o caminho a ser tomado deveria ser o oposto. Não é a coerção estatal que vai oferecer preços mais baixos para a população, e sim a liberdade de mercado. Se o governo afrouxar as regulamentações, deixando os produtores livres para lucrar com seu negócio, a tendência é que mais produtos sejam ofertados e que, portanto, seu preço caia, no longo prazo.

Além disso, o governo também pode simplesmente cortar impostos sobre os alimentos - o que, quase que como mágica, faria os preços desses produtos despencarem da noite para o dia! Confie em mim, Trudeau: isso deu certo aqui no Brasil no ano passado; vai dar certo aí no Canadá também. A única coisa que não vai funcionar é o primeiro-ministro canadense continuar brincando de José Sarney, acreditando ser o controlador-mor da economia. Se essas medidas forem levadas adiante, o cenário econômico do país só vai piorar.

Porém, é certo que Justin Trudeau não vai seguir os meus conselhos econômicos. Sua vertente socialista e ditatorial não é apenas ideológica: ela está impressa em seu DNA. Seu sonho, portanto, é ser um legítimo ditadoreco latinoamericano, ainda que no governo de um país de primeiro mundo. Enquanto essa brincadeira familiar continua sendo encenada, porém, quem sofre é o povo canadense. E mais uma vez, veremos ser provada, diante dos nossos olhos, a total falência do controle de preços em uma economia.

Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=yiKl-aHdzho https://gazetabrasil.com.br/mundo/2023/09/15/trudeau-ameaca-supermercados-com-novos-impostos-se-nao-baixarem-precos-dos-alimentos-no-canada/

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