O presidente Lula comete nova gafe, afirmando não saber que o Rio Grande do Sul tinha uma população negra tão numerosa. Mas por que isso chamou a atenção do Molusco?
Lula não se cansa de falar bobagem - o homem é mesmo uma máquina, uma besta enjaulada! A última de suas “gafes”, por assim dizer, aconteceu em um evento oficial em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, tendo por testemunhas vários de seus partidários - e o Brasil todo, é claro. Nessa ocasião, o Molusco afirmou que “não tinha noção de que no Rio Grande do Sul tinha tanta gente negra”. Pois é: a essa altura do campeonato, com o número de mortes no estado superando o patamar de 150 vítimas da tragédia, é com isso que o Lula se preocupa!
O quê? Você acha que o Lula teve essa magnífica percepção in loco, visitando os locais mais atingidos pela tragédia ambiental? Mas é claro que não! Ele ficou sabendo disso pelos jornais - ainda de acordo com suas próprias palavras. Na verdade, o Molusco ainda nem sujou seus pés de lama por lá - ao contrário dos incontáveis heróis anônimos que se arriscam diariamente no socorro às vítimas gaúchas. Não, o presidente da República tem suas prioridades - como entregar casas em Alagoas visando ganhos eleitorais, ou receber o ex-presidente da Argentina, Alberto Fernandez, no Palácio do Planalto. Os gaúchos que se danem!
Só que, em se tratando do Lula, a coisa sempre pode piorar. Complementando a bobagem inicial, o Molusco arrastou sua primeira-dama para o meio da conversa. Ainda segundo o cachaceiro, Janja lhe explicou aquela situação: havia muitos negros aparecendo nas filmagens da TV, porque os negros são pobres. Então, essas pessoas moravam em locais com maior risco e, portanto, foram mais atingidas pelas tragédias. Exatamente! Depois do “elas são fáceis, porque são pobres”, vem o “eles são pobres, porque são negros”. É desnecessário dizer, é claro, que essas afirmações socioeconômicas não possuem embasamento teórico algum, tendo sido tiradas do meio das nádegas do casal presidencial.
Essa nova gafe do Lula foi cometida justamente em um evento em que foram lançados os programas federais de auxílio ao Rio Grande do Sul - muito fracos, por sinal. Nota-se, com ainda mais convicção, que o Molusco realmente é um terror para os seus assessores - percepção que se reforça a cada novo discurso seu. Veja só: o governo preparou um evento cheio de pompa, para mostrar as grandes maravilhas do Governo Lula para o Rio Grande do Sul, e o pinguço me rouba a cena com essa patetice improvisada! O miserável é mesmo um gênio!
Pois bem: mas será que realmente o discurso do Lula faz algum sentido? Ok, discurso de bêbado não tem que ser levado a sério; mas vamos nos ater ao cerne da questão. Será que o presidente da República realmente não sabia desse ponto - de que o Rio Grande do Sul tem uma considerável população negra? Bem, os dados oficiais do próprio estado brasileiro nos dão essa resposta.
De acordo com a pesquisa mais recente do IBGE, publicada no final do ano passado, os negros representam 21% da população do Rio Grande do Sul - ou seja, mais de 2 milhões de pessoas. É difícil não perceber esse monte de gente, não é mesmo? Porém, precisamos aceitar que o conceito de “negros” realmente é problemático, conforme as definições do IBGE - e isso porque ele abrange tanto os pardos quanto os pretos. Provavelmente o Lula estava se referindo a essa segunda etnia, quando de seu discurso. Porém, os números do IBGE nos dão conta de que existem 700 mil pessoas pretas no Rio Grande do Sul. Sem dúvidas, essa é uma quantidade de pessoas nada desprezível.
O que é desprezível, isso sim, é a atitude do presidente petista. Isso passa do mero “deslize” - como a grande mídia passadora de pano gosta de falar. Estamos diante de um claro ato falho - ou seja, um momento em que o Lula deixou escapar algo que ele gostaria de esconder. No caso, trata-se do fato, já bastante conhecido, de que a esquerda brasileira é segregacionista, ela gosta de dividir a sociedade brasileira em classes motivadas por etnia, religião e renda.
Duvida? Pois lembre-se de que, poucos dias antes da fala do Lula, sua ministra da Igualdade Social, Anielle Franco, solicitou ao governo que priorizasse as famílias quilombolas, ciganas e moradoras de terreiros na distribuição de alimentos no Rio Grande do Sul. Sim, é isso mesmo: a ministra pediu ao governo que atendesse as pessoas primeiro por sua etnia, e não pela vulnerabilidade de sua situação quando das tragédias.
Da mesma forma, o próprio Lula pareceu estar mais preocupado com o Rio Grande do Sul depois de saber que tem muitos negros morando por lá. Quer dizer então o branco gaúcho não importa para o governo? A verdade é que, de maneira geral, o Molusco de nove dedos não parece mesmo se importar com o Rio Grande do Sul, dada a sua ausência do território gaúcho em momentos chave. Já a Janja… bem, parece que a primeira-dama do Brasil se empolga mais com cachorros e com cavalos do que com pessoas.
Porém, podemos analisar toda essa questão sob uma ótica ainda mais abrangente. A verdade é que todo esse problema vai além do governo PT e do Lula: o sistema estatal, em si, é segregador. Olhe para tudo o que temos hoje, em matéria de lei estatal, e você vai perceber uma clara tentativa de dividir a sociedade. O estado, por meio de diversos mecanismos, cria classes sociais distintas - separando ricos de pobres, homens de mulheres, negros de brancos e gente de "bem" da esquerda de todo o resto, os chamados fascistas. A estratégia é simples: divide-se para governar com mais facilidade. Um povo segregado, onde uns estão contra os outros, é um povo mais dócil, por ser mais fragilizado.
Pela ética libertária, não há o que se discutir: os direitos naturais se aplicam a todas as pessoas, independentemente de sua cor de pele, ou de seu sexo, religião e estilo de vida. Qualquer tratamento diferenciado de alguém por conta de algum desses aspectos viola a lei natural e, portanto, deve ser tratado como uma atitude antiética. E esse é, justamente, o caso do estado. Mas, podemos ir além, analisando esse ponto pela questão moral. E a conclusão é bastante simples: se importar com a cor da pele dos outros é ser uma pessoa extremamente tacanha. A cor da pele nada mais é um verniz que repousa sobre pessoas que, sob todos os aspectos, são equivalentes.
O mais curioso, porém, é ver como o Lula parece desconhecer o país que ele próprio governa. Afinal de contas, o povo brasileiro é conhecido por ser extremamente miscigenado. Por conta disso, inclusive, uma de suas características mais marcantes é a tolerância com o diferente. O Brasil teve um presidente mulato, Nilo Peçanha, 100 anos antes de Barack Obama ocupar a Casa Branca. Todo brasileiro defende com unhas e dentes os mil gols do melhor jogador do mundo - o negro Pelé, que era ovacionado como herói nacional no Brasil em 1958. Nessa mesma época, ônibus nos Estados Unidos ainda tinham assentos separados para brancos e para pessoas de cor.
Como dizer que um país como esse tem problemas estruturais relacionados à cor da pele, em 2024? Hoje em dia, a maior parte dos brasileiros possui contribuição genética de europeus, africanos, indígenas, orientais, dentre outros. O Brasil é um caldo étnico, e isso é muito bom. Portanto, querer dividir a população, especialmente por motivos eleitoreiros, não é apenas errado, do ponto de vista lógico - é uma baita de uma sacanagem com o povo brasileiro.
Mas essa atitude do Lula é muito simples de entender, por ser mais do mesmo. O Molusco jogou a carta do racismo para tentar angariar votos - talvez com a população pobre do Rio Grande do Sul. Mais uma vez, ele baixa o nível, para criar problemas imaginários - espantalhos a serem batidos por sua ineficiente gestão. O real problema dos gaúchos, contudo, o Lula não vai resolver. Sua péssima atuação na tragédia do Rio Grande do Sul deixa isso mais do que claro.
É provável, portanto, que essa nova gafe do Lula seja mais um tiro no próprio pé do petista. Além de não conseguir demonstrar empatia pelo povo gaúcho, o Molusco parece querer dividir um povo que, mais do que nunca, está unido no socorro às vítimas da tragédia. Lula demonstra toda sua baixa estatura moral, acompanhado, é claro, de sua primeira-dama - que não fica para trás. De qualquer forma, esse caso nos ajuda a lembrar do fato de que o estado não existe para unir a população, para manter a coesão social. Ele existe para segregar, separar, promover ódio entre as pessoas e dividir o povo, para governá-lo com mais tranquilidade.
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2023/12/rs-tem-21-da-populacao-preta-ou-parda-aponta-ibge-clqilipq10021013lxonmjufk.html
https://oantagonista.com.br/brasil/anielle-pede-para-priorizar-ciganos-e-quilombolas-no-rs/