Em briga de cachorros marxistas eu tô torcendo pela briga!
Recentemente, o ditador venezuelano Nicolás Maduro, declarou que haveria um "banho de sangue" caso ele perdesse as próximas eleições. A ameaça de Maduro foi vista por muitos como uma tentativa de intimidar a oposição e seus eleitores, reforçando a imagem de que seu governo é um regime autoritário que se agarra ao poder sem largar o osso.
Para entender melhor o contexto e as implicações dessa declaração, nós do Visão Libertária já destrinchamos e explicamos o caso em um vídeo detalhado. Nele, analisamos as motivações por trás das palavras de Maduro e o impacto potencial na já delicada situação venezuelana, o link está na descrição.
Aqui iremos tratar da reação de Lula, que surpreendeu todo mundo, ao declarar que ficou "assustado" com as falas de Nicolás Maduro sobre o tal "banho de sangue". Um ato inédito que vai de encontro com o que ele, e qualquer outro petista com debilidade intelectual, costuma fazer. Lula e seus minions são conhecidos por frequentemente minimizar ou justificar as ações do regime do Ditador venezuelano, independentemente da gravidade dos fatos. A declaração do Molusco, portanto, marca um raro momento de crítica explícita a um aliado histórico, nos dando um episódio inédito na diplomacia Lulista.
O Molusco de Nove Dedos expressou, no dia 22 de julho, o seu temor em relação à declaração de Maduro. Ele fez essas observações durante uma entrevista no Palácio da Alvorada com agências internacionais como Reuters, Bloomberg, France Presse e Associated Press.
"Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela e estabelecer um Estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático", disse o Molusco.
Lula também enfatizou que Maduro deve compreender que, após uma derrota eleitoral, é necessário aceitar o resultado e se retirar. O presidente brasileiro tinha dito que o Brasil enviaria observadores, incluindo o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, para monitorar o processo eleitoral na Venezuela.
Nicolás Maduro respondeu com deboche à reação de seu companheiro comunista, sugerindo que o presidente brasileiro deveria tomar um "chá de camomila" para acalmar os ânimos. Sem mencionar Lula diretamente, Maduro sugeriu que aqueles que ficaram alarmados com suas declarações sobre um possível "banho de sangue" na Venezuela, caso ele perca a eleição presidencial, deveriam tomar um "chá de camomila".
"Eu não disse mentiras. Apenas fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila", disse o Ditador.
Para piorar a situação e intensificar ainda mais a tensão diplomática, Maduro criticou as eleições no Brasil, alegando que as urnas não podem ser auditadas. Essa afirmação gerou um confronto direto com a Justiça Eleitoral brasileira, que prontamente rebateu as alegações. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu a declaração de Maduro, afirmando que suas urnas são, de fato, auditadas e que as eleições são realizadas com total transparência. Esse embate só agravou a birra diplomática, protagonizada pelos dois esquerdistas, entre Brasil e Venezuela.
"Temos 16 auditorias, me diga em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos, é inauditável o sistema eleitoral. No Brasil não auditam um registro. Na Colômbia não auditam nenhum registro", declarou o ditador.
Além disso, Maduro afirmou que a Venezuela possui o "melhor sistema eleitoral do mundo" e que a oposição irá perder, tendo que aceitar a derrota. No entanto, ao contrário do Brasil, as eleições na Venezuela são marcadas por desconfiança internacional. No início do ano, o Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista, impediu María Corina Machado, uma das principais candidatas da oposição, de concorrer às eleições. Outra oposicionista, Corina Yoris, também foi barrada da disputa.
Atualmente, a oposição enfrenta dificuldades para credenciar seus fiscais para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, que ocorrerão no próximo domingo. Nicolás Maduro, que está no poder há 11 anos, busca garantir mais seis anos de mandato. Nas eleições de 2018, diversos organismos internacionais, incluindo a OEA (Organização dos Estados Americanos), a União Europeia, e países como os EUA e a Austrália, não reconheceram os resultados como legítimos. Isso com certeza reforça a desconfiança em relação ao processo eleitoral venezuelano.
O Ego aflorado de políticos ultra estatistas e de viés Marxista é algo extremamente comum e não é de hoje. Robert Conquest, um historiador crítico do Marxismo, oferece um panorama elucidativo sobre a dinâmica de poder e traição na União Soviética que pode ser comparado às disputas contemporâneas entre líderes políticos, do lado vermelho da força, como Lula e Maduro.
Conquest detalha como o tirano Josef Stalin traiu e eliminou seus aliados para consolidar seu domínio, refletindo uma estratégia de purgação que mantém um controle absoluto sobre o poder. Da mesma forma, as disputas entre Lula e Maduro revelam rivalidades e intrigas políticas que, embora em um contexto diferente, ecoam as traições e manobras de poder observadas nos bastidores das lideranças autoritárias.
Robert explica como Stalin utilizou a estratégia de eliminar qualquer rival potencial para assegurar sua posição como líder supremo do Partido Comunista Soviético. Após a morte de Lenin em 1924, Stalin começou a se livrar dos líderes bolcheviques que uma vez foram seus aliados, como Leon Trotsky, Grigory Zinoviev e Lev Kamenev. Essa eliminação não foi apenas uma questão de política, mas de uma estratégia brutal para consolidar seu controle absoluto sobre o Partido e o governo.
Durante o Grande Terror de 1936 a 1937, Stalin levou suas purgas a um novo nível, ordenando a prisão, execução e exílio de milhares de membros do Partido, incluindo antigos aliados e líderes do Partido Comunista. A ideia era eliminar qualquer um que pudesse desafiar seu poder, criando um clima de medo e desconfiança onde mesmo os aliados mais próximos eram alvo de suspeitas e repressão.
O ditador soviético frequentemente traía seus antigos aliados ao acusá-los de traição e conspirar contra ele, como ocorreu com os citados Zinoviev e Kamenev, que inicialmente haviam sido aliados de Stalin, mas foram eventualmente mortos após serem acusados de conspiração. Trotsky, um dos principais opositores de Stalin, foi forçado ao exílio e mais tarde assassinado por um agente de Stalin.
Em um dos trechos do seu livro "O Grande terror", Robert diz: "Stalin não apenas eliminou os líderes da oposição, mas também usou um regime de terror para assegurar que mesmo os mais leais não fossem deixados de lado. O Grande Terror foi uma manifestação extrema da estratégia de Stalin de consolidar o poder, onde traições e purgas foram implementadas para assegurar seu controle absoluto e eliminar qualquer potencial rival."
Claro que isso se deu com o aparelhamento de todo o sistema de justiça soviético, algo que ainda é bem comum em republiquetas ditas "democráticas". Stalin implementou uma série de medidas para assegurar que os juízes e procuradores fossem leais ao regime. Isso incluía nomeações políticas estratégicas, remoção de opositores políticos dos cargos judiciais e a imposição de ideologia comunista como critério para ascensão na carreira jurídica. Os réus eram coagidos a admitir crimes fictícios após serem torturados ou ameaçados, e os julgamentos eram realizados com total desrespeito aos princípios básicos de justiça, incluindo a presunção de inocência e o direito a uma defesa adequada. Obviamente, tudo isso era maquiado pela propaganda do regime e pelo controle severo da imprensa.
E não apenas o ditador soviético aqui citado serve de exemplo, mas Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte, consolidou seu poder através de purgas na década de 1950. Ele o fez eliminando rivais políticos e seguidores de sua esposa para evitar desafios ao seu controle. Já Fidel Castro, após tomar o poder em Cuba em 1959, enfrentou e removeu rivais, como Huber Matos, que criticaram seu governo, além de outros opositores internos, para manter sua autoridade. Mao Tsé-Tung, líder do Partido Comunista Chinês, fortaleceu seu poder com a Campanha das Quatro Limpezas e a Revolução Cultural, purgando líderes do Partido e intelectuais que ameaçavam seu controle. Realmente, naquela época, antes das redes sociais, os tiranos eram tão felizes e não sabiam, parafraseando aqui um certo cosplay de Lex Luthor que mora no Brasil.
Porém, apesar de todo esse histórico insano daqueles que defendem o Marxismo, a birra entre Lula e Maduro pode gerar manchetes hoje, mas, a longo prazo, muito provavelmente não acabará em nada. Em breve, ambos estarão sentados à mesma mesa, rindo das disputas que mantêm seus egos inflados e suas agendas políticas em evidência. Esses conflitos entre líderes marxistas frequentemente são mais sobre vaidades pessoais do que sobre mudanças significativas.
Para nós, libertários, é essencial manter o foco em nossas próprias vidas e objetivos. Devemos nos dedicar a cuidar das nossas finanças, proteger nossa propriedade e garantir a integridade daqueles que amamos. Enquanto os líderes políticos se entrelaçam em brigas e acusações, é nosso dever assegurar que estamos resguardados e preparados para os desafios que possam surgir.
Enquanto isso, podemos observar essas disputas entre políticos marxistas com o intuito de dar risada. Essas brigas muitas vezes revelam mais sobre os egos inflados e frágeis dessas pessoas e suas agendas políticas, do que sobre questões relevantes. Rir dessas situações e manter a nossa atenção voltada para o que realmente importa, é a melhor maneira de reagir a essas briguinhas sem relevância duradoura.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/07/23/itamaraty-diz-que-nao-comentara-provocacao-de-maduro-fala-do-venezuelano-pega-mal-na-diplomacia-e-no-governo.ghtml