17 Jan. 2024
Escritor: Historiador Libertario
Revisor: Paulo Wesley
Narrador: Paulo Wesley
Produtor: Paulo Wesley

O relato de uma ex-progressista que desmascarou a militância identitária

Amala Ekpunobi é uma mulher negra americana que nasceu numa pequena cidade conservadora da Flórida, filha de um nigeriano e uma americana que se divorciaram muito cedo. Amala cresceu sem a presença do pai, sendo cuidada por sua mãe que criou 3 filhos. Desde sua adolescência, ainda na escola, ela foi manipulada pelas seitas ideológicas de esquerda, que a convenceram de suas doutrinas como feminismo, teoria crítica racial, de gênero e o socialismo. Sua mãe, segundo a jovem revela, sempre foi uma militante de esquerda engajada e isso a influenciou durante a vida. Mas seu processo de despertar não aconteceu de repente; na verdade, foi algo gradual quando, em vários momentos, ela foi percebendo as falhas nas narrativas da esquerda.

Não demorou para ela perceber a intolerância dos progressistas que, nos Estados Unidos, se auto intitulam “liberals” ou liberais (em português), pois eles a incentivaram a ter raiva da sociedade, como ela relata em suas entrevistas e palestras. Amala conta um momento marcante que a fez refletir sobre as posturas dos militantes de esquerda. Num dia em que ela resolveu participar de uma reunião de uma organização política progressista, um colega de militância escreveu num quadro negro que as pessoas brancas não deveriam falar. Isso a incomodou, pois uma família branca cuidou dela durante sua vida, seus avós e sua mãe, e ela achou essa segregação injusta. Mais tarde, ao ver um vídeo da PragerU, uma organização conservadora, sobre a atuação dos policiais americanos, ela acabou mudando de vez, passando por um realinhamento político para a direita.

Claro que a esquerda política e toda sua militância só respeitam aqueles que se dobram a suas pautas, sem questioná-las. E uma mulher só é respeitada quando é feminista e reza todos os mandamentos da cartilha, como bem sabemos. Com Amala não foi diferente, pois logo ela sofreria inúmeras críticas desses militantes sedentos por sangue, após ela romper com esses grupos identitários e socialistas.

Em suas palavras, ela revelou:
“As ideologias [de esquerda] protegem-se das críticas rotulando as pessoas como racista, ou transfóbico, ou homofóbico, ou gordofóbico. Você descobrirá que todas essas teorias têm um conjunto de insultos associados a elas que serão atirados contra você se você as criticar.”

E como ela é uma mulher que tem bom senso e reconhece diferenças biológicas entre homens e mulheres, o que é inegável e amparado na ciência biológica, logo foi rotulada de vários nomes pejorativos. Entre os insultos que Amala recebeu estão termos como transfóbica, misogina e, pasmem, racista, devido a suas opiniões conservadoras. Isso nos revela como as escolas e universidades americanas foram cooptadas pelos militantes marxistas e progressistas, e a abertura para debates e divergências tem diminuído cada vez mais.

Ela negou a seus críticos que esses insultos se encaixam nela, mas afirmou convictamente que é importante que todos reconheçam as diferenças que homens e mulheres têm. Para ela, os papéis de gênero têm amparo numa realidade objetiva e não tem como negar isso.

Além disso, ela já declarou como os grupos de esquerda propagam ódio contra brancos, usando justificativas de justiça social e reparação histórica. Amala combate toda a narrativa de racismo sistêmico nos Estados Unidos que apenas visa criar uma guerra entre os grupos de pessoas que pertencem a diferentes etnias. Ela revela como vários fatores mantém vários negros em situações econômicas difíceis como leis estatais que oneram seus trabalhos e empreendimentos. E nada disso tem a ver com nenhum tipo de racismo sistêmico.

Foi o economista americano Thomas Sowell que a fez despertar em muitos aspectos em relação a essas narrativas sobre as políticas identitárias e questões relacionadas a economia e racismo. Amala admite que Sowell foi uma grande inspiração e um dos responsáveis por ela se tornar a conservadora que é hoje.

Ela explica a mentalidade que foi criada nos jovens americanos sob a influência do marxismo e das ideologias identitárias ao revelar: “as pessoas não se responsabilizam mais pelas suas ações, pois elas têm sempre alguém a culpar”. É exatamente isso que está acontecendo com a juventude em inúmeros países do mundo que deixaram as ideias socialistas e identitárias se proliferarem nas universidades. Esses estudantes se tornam adultos raivosos e ressentidos, sempre buscando por opressores que são culpados por seus fracassos. Essa mentalidade só cria divisão e corrompe as relações interpessoais que poderiam ser baseadas em cooperação, além de infantilizar as pessoas que acham que não tem responsabilidade por nada.

É inegável que o modus operandi da esquerda é dividir para conquistar. Por isso, Amala admite que essas pessoas estão trazendo a segregação de volta aos Estados Unidos. Ela desmascara a elite branca progressista que acredita que só eles podem ajudar os negros a terem algum tipo de êxito e conquista. Essas mesmas pessoas que rotulam os outros de racistas vivem segregando pessoas e tratando negros como se eles fossem incapazes, o que é bastante contraditório.


A grande denúncia de Amala é sobre a hostilidade da esquerda política aos valores americanos e à liberdade de expressão. De fato, a esquerda quer destruir o que fez o povo americano se tornar grande, um país próspero que permite a todos terem a oportunidade de crescer através do mercado. A auto responsabilidade, a liberdade de mercado, a garantia dos direitos individuais e a propriedade privada são ideais e instituições desprezadas pela esquerda. Amala defende que todas essas heranças valiosas que os americanos do passado deixaram precisam ser preservadas e que, de fato, os Estados Unidos continuam sendo um país livre, apesar de seus vários problemas.

Os relatos, entrevistas e palestras dessa jovem viralizaram na internet, chegando a milhões de visualizações no Youtube. Ela foi convidada para palestrar em universidades americanas, sendo bem recebida por integrantes do movimento conservador, além de pessoas que, como ela, estão indignadas com o status quo e com toda essa insanidade. Ela chegou a ser entrevistada pelo ícone do conservadorismo, Jordan Peterson, que quis trazer a seu grande público o relato dessa mulher negra que foi uma militante doutrinada de movimentos marxistas.

Amala, de fato, pela sua experiência pessoal é melhor do que ninguém para expor e desmascarar todas as mazelas da esquerda e sua militância autoritária e raivosa que divide a sociedade em grupos e incita rancor nos jovens. Cabe lembrar aqui que a estratégia dos propagandistas nazistas para ludibriar o povo, doutriná-lo, incitar ódio e torná-los unidos em torno de um inimigo em comum, um bode expiatório, não é diferente das agendas da esquerda atual. Os partidários marxistas e progressistas criam inimigos em comum e dizem a todos esses jovens que o sistema está contra eles, que empresários e certos grupos de pessoas estão os explorando e oprimindo.

Essa mulher, que despertou da lavagem cerebral marxista se tornou uma grande luz e esperança para muitos. A maneira como os militantes de esquerda trataram Amala, que resolveu pensar por si mesma, apenas revela que os movimentos identitários não são sobre amor e inclusão. As feministas só respeitam as mulheres que pensam como elas e rezam a mesma cartilha política, do contrário, as dissidentes serão tratadas como inimigas. Um exemplo no Brasil é o caso da deputada de Santa Catarina, Ana Campagnolo, que por ser conservadora e pró-família, tendo um posicionamento contrário à agenda feminista, é constantemente atacada e constrangida pelas militantes raivosas. Ana não se dobra ao politicamente correto e a narrativas rasas e fajutas, tendo se especializado na história do pensamento feminista e desmascarado esse movimento. Inclusive, em dezembro de 2023 a deputada conservadora foi atacada em plena Assembleia Legislativa de Santa Catarina, local onde trabalha, enquanto estava com sua filha no colo. Sindicalistas raivosos ameaçaram acionar o conselho tutelar para tomar suas filhas, além de ameaças de agressão à deputada, já que Ana leva suas filhas ao trabalho. Mas outro motivo com certeza é porque a deputada adota o modelo de ensino domiciliar e gosta de ensinar suas filhas em casa, o que desperta a ira dos militantes de esquerda.

Enfim, o caso de Amala é a prova de que é possível voltar à sanidade mental e que os discursos da esquerda são incongruentes e deletérios para toda a civilização, e que as pessoas precisam voltar à sobriedade da razão. Felizmente, ela ama a liberdade que existe no seu país e exalta como nos Estados Unidos você consegue lutar pelos seus sonhos e buscar um mundo melhor, e todo esse legado americano não pode ser destruído.

Com sua denúncia sobre os movimentos de esquerda e como ela foi manipulada a odiar outras pessoas, Amala nos mostra como esses grupos identitários e socialistas conseguem manipular as emoções humanas. Os estudantes desde cedo são induzidos a defenderem certas pautas sem se aprofundarem no assunto, ao sequer analisar informações e dados que envolvem aquela pauta, e esquecem de usar a razão para buscar as respostas corretas.

Sobre isso, uma frase do Thomas Sowell nos faz refletir sobre um grande mal da nossa era:
“O problema não é que Johnny não pode ler. O problema não é mesmo que Johnny não pode pensar. O problema é que Johnny não sabe o que é o pensamento; ele confunde com sentimento”.

Para entender melhor como a insanidade do progressismo tem prejudicado toda uma geração de pessoas, deixamos como recomendação o vídeo: “A GERAÇÃO de HISTÉRICOS criada pela ESQUERDA”.

Referências:

From the Left to Sanity | Amala Ekpunobi | EP 317 https://youtu.be/m281h5wZLb4 Why I Left the Left — Amala Ekpunobi at Washington University in St. Louis https://www.youtube.com/watch?v=WA4RDoTjwLk https://www.studlife.com/news/2022/12/15/conservative-speaker-draws-questions-regarding-race-theory-gender-and-sexuality Visão Libertária - A GERAÇÃO de HISTÉRICOS criada pela ESQUERDA: https://youtu.be/lgF1y4qf1hQ https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/deputada-com-bebe-nos-bracos-e-ameacada-por-sindicalistas-na-alesc/

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