Estamos presenciando o futuro se formando diante dos nossos olhos segundo a palavra dos vateses.
Primeiramente, este é um ensaio, em outras palavras, é uma teoria em construção que quero fazê-la descentralizada e distribuída. As ideias apresentadas aqui podem se modificar ao longo do tempo, no entanto, há grande embasamento teórico e pragmático aqui. Fique até ao final pois, aliadas ao seu feedback, estas ideias poderão se tornar um livro. Explicarei o que é um vates mais a frente, primeiramente um breve contexto histórico material.
O Estado é a origem de todo o mal. Nele sempre emana a agressão para manter o poder. Uma vez que o Estado é uma construção de tiranos, ou seja, um corpo estranho entre os indivíduos de bem. Veja, um indivíduo pacífico quer seguir com sua vida junto a sua família, religião e trocas voluntárias; no entanto, há sempre alguém com espírito ditatorial querendo ordenar o que cada um pode ou não fazer.
Historicamente, os impérios conquistaram determinadas regiões, mas não intervinham veementemente na cultura. Um exemplo, amplamente conhecido, foi o Império Romano que conquistou a Terra de Israel. Neste período, viveu Jesus o qual foi denunciado, julgado e condenado pelo Sinédrio, uma associação magistral das leis sobre a fé judaica. Ou seja, Jesus foi condenado pelos seus semelhantes. No entanto, como o monopólio da força era somente do império, Pôncio Pilatos foi, de fato, quem levou Jesus à execução.
Fato é que o Império Romano permitia os judeus frequentar escolas, templos, realizar julgamentos e manter sua língua sem qualquer intervenção. Logicamente, para ter cargos elevados no império era preciso cometer apostasia e aprender latim, ao passo que um civil não precisava de nada disso. Uma questão fundamental é: como os impérios mantiveram os povos conquistados, cativos?
A resposta é simples: por meio de impostos. Um povo pode manter tudo da sua cultura, mas não ter dinheiro gera algumas consequências. As pessoas que não tem dinheiro precisam trabalhar mais para manter o mínimo de dignidade, além disso o imposto é sempre crescente. Se, hoje, o estado exige de você uma saca de arroz, um porco, um jarro de azeite, ou imposto de renda, no mês seguinte, ele vai querer mais. Pois esta é a natureza do governo, exaurir os recursos dos cidadãos para que os políticos vivam bem.
Desse modo, a pessoa gasta mais tempo para sustentar os políticos, enquanto cada indivíduo é privado de realizar trocas voluntárias. O cerceamento da liberdade limita as interações sociais inter-familiares e extra-familiares.
O que quero dizer com isso? Quanto mais riqueza os pais acumulam, mais os filhos se dedicam a família para ser merecedor desta herança. Você teria um carinho a mais com seus pais para ter seu nome no testamento? Evidentemente, há psicopatologias ou desvios de caráter que farão indivíduos buscarem tal herança por meios escusos, porém, aqui trataremos somente da regra e não das exceções.
Da mesma forma, um filho ou filha que encontrasse um cônjuge teria que submeter este à aprovação da família. A prole poderia levar parte da riqueza da família para uma meretriz ou um alcoólatra. Assim, levando o nome da família para a lama.
As famílias mantiveram as tradições por séculos mesmo com impostos progressivos. Até que pensadores de esquerda como Gramsci da Escola de Frankfurt perceberam que as pessoas não se renderiam ao papai Estado enquanto mantivessem laços com a família.
Neste contexto, esses autores ensinaram vários métodos de subversão para que os laços familiares enfraquecessem. Por exemplo, a emancipação sexual, promiscuidade, teoria crítica, entre outros. Essas ações criam gerações sem bases sólidas, tendo a cada descendência menos conhecimento de um caminho correto. Você acredita que alguém que tem uma conta no Onlyfans deixará algum ensinamento de como construir uma família virtuosa?
Como Gramsci disse em “Temas de cultura” no livro Cadernos do Cárcere , “destruir todo o existente sem preocupar-se com o que acontecerá depois”. Após a terra arrasada social, uma elite emergirá ditando o que deve ser feito para as pessoas que nunca souberam como é viver dignamente.
Esta elite não submete suas famílias a essas teorias que são patrocinadas com tanto orgulho por suas empresas, ou você acha que existe algum herdeiro degenerado na família Rothschild, Rockefeller, Goldman ou Soros? Esta elite, podemos chamar de elite aristocrática socialista, onde a única coisa que desejam socializar é a miséria.
A elite aristocrática socialista precisa do Estado interventor e de governos corruptos para manter seus monopólios, em contrapartida faz generosas doações para manter o status-quo. O Estado, por sua vez, utiliza este dinheiro para elevar as barreiras de entrada para novas empresas, mantendo somente as empresas dos seus padrinhos. Ainda, cobram mais impostos dos cidadãos para mantê-los cativos, enquanto perdoam dívidas milionárias de tais empresas. Lembrou da Odebrecht? Por fim, ambos patrocinam a subversão da tradição e família em um teatro de liberdade.
Neste ponto entra o Renato Amoedo, também conhecido como Renato Trêzoitão. Este autor teoriza que o Bitcoin e a descentralização das trocas voluntárias, corrigirá todas as ações malignas realizadas pelo Estado e pela esquerda. Essa antecipação do futuro é bastante consistente com a realidade.
No meio religioso ficou difundida o termo profeta, que seria a pessoa que teria algum contato com o sobrenatural e poderia, assim, “dizer o que aconteceria no futuro”. Não usarei este termo, pois Renato e outros vateses não estão em contato com o sobrenatural, mas em contato com o Real para dizer como será o futuro no contexto da “realidade descentralizada e distribuída”.
A palavra “vates“ é a latinização de um termo proto-indo-europeu que significa: inspiração. Portanto, um vates é equivalente a um profeta, ou seja, diz sobre o futuro, no entanto, com base na realidade.
O vates libertário Renato afirma em seu livro “Bitcoin Redpill”, e em suas entrevistas, que o equilíbrio das relações serão restauradas por meio do Bitcoin. Como isso se dará? Os pontos a seguir não estão em ordem de importância ou cronológica, mas estão organizados didaticamente:
Ponto nº 1: Fim do confisco dos bens pelo Estado. Renato entende que ao adquirir bens em um país socialista você sofrerá algumas penalidades como, por exemplo, IPVA, IPTU e imposto de renda. No entanto, ao transformar todo o excedente de capital em Bitcoin, você estará blindando seu patrimônio, além disso, estará empobrecendo o Estado ao não deixar o seu capital em bancos da elite aristocrática socialista. No final, você não sairá do Estado, mas o Estado sairá do seu patrimônio.
Ponto nº 2: Fim da hipergamia ou ascensão social feminina. As leis feministas, influenciadas diretamente pelo gramscismo e escola de Frankfurt, trouxeram muita proteção às mulheres. Muitas mulheres utilizam dessas leis contra os homens para auferir renda. Explico, quantos homens você conhece que foram acusados, injustamente, por mulheres? Para citar somente um caso, lembre-se da história entre Neymar e Najila. Além disso, quantas mulheres se interessam por homens apenas por dinheiro e na possível pensão após o divórcio ou em caso de gravidez? Dois casos recentes foram o Luva de Pedreiro e o Caneta Azul. Logo, o seu bem em custódia do Estado aliada às leis feministas, causa a você nunca conseguir juntar riqueza ou sempre ter que sustentar outros indivíduos que foram mais, digamos, “astutos”. O Bitcoin não permitirá isso, afinal, como alguém confiscará algo que não pode ser encontrado?
Ponto nº 3: Fim dos filhos ingratos. Já os filhos não poderão ficar na espera dos pais morrerem para herdar tudo, ou pior, planejar a morte dos próprios pais. Lembra da Suzane? No futuro da herança descentralizada e distribuída, se os pais não prepararem um gatilho para um contrato inteligente distribuir os Bitcoins para os filhos, estes ficarão sem nada. Isto é um grande incentivo para os filhos serem obedientes. Como Renato diz, “Bitcoin é o dinheiro privado de verdade, você pode ser enterrado com seus Bitcoins“. Isto é uma alusão que, ao se perder a chave da carteira, ninguém conseguirá recuperá-la.
Ponto nº 4: Fim da tirania. Renato aponta que um mecanismo que será colocado em prática em breve será a “aposta de óbito descentralizada”. Isso funcionará com um contrato inteligente pagando para quem acertar a data e hora do falecimento de alguém. Todo dia, diversas pessoas colocariam o prêmio no pote para promover “as vias de fato” de um tirano. Assim, até o irmão gêmeo do tirano executaria a ação para pegar todo o pote. Imagine um mecanismo desse na época de Stalin, Hitler ou Fidel. Esses tiranos se trancariam em uma solitária para não serem defenestrados. Ou precisariam gastar fortunas em Bitcoin para cobrir as ofertas feitas por sua cabeça.
Estes não são todos os pontos, mas trouxe aqui alguns para início de debate, gostaria do seu feedback. Além disso, se você quiser quer que falemos sobre outros vates, tal como o vates da comunicação descentralizada e distribuída, Peter Turguniev, ou o primeiro vates de todos, Daniel Fraga deixe sua mensagem nos comentários.
https://rothbardbrasil.com/wp-content/uploads/2021/09/ROTHBARD-Murray-Newton-Igualistarismo-como-uma-revolta-contra-a-Natureza.pdf
https://mises.org.br/article/226/o-estado-o-agressor
https://mises.org.br/artigos/1659/agressao-pena-e-proporcionalidade-como-estabelecer-os-limites#_ftn20
https://www.revistamises.org.br/misesjournal/article/view/1495/733