Quem Seria o Sucessor dos Estados Unidos?

Nenhum império se mantém para sempre, não importa seu tamanho. Mas quem virá após o fim do império americano?

Por muitos séculos, o Reino Unido se estabeleceu como a maior potência europeia, à medida que o mercado britânico crescia e seu domínio colonial aumentava, chegando até a ganhar o famoso apelido de "O Império no qual o Sol nunca se põe".

Após a Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido já desgastado com a guerra tentou se concentrar mais nos assuntos internos para não sucumbir seu império, perdendo seu status de maior economia mas mantendo seu posto como maior potência política Posição que, somente após a Segunda Guerra Mundial, foi passado para os Estados Unidos da América, que se consolidaram como o novo representante do mundo livre em disputa contra a União Soviética e o Bloco Comunista na famosa Cortina de Ferro.

E desde a ascensão da China com as zonas econômicas especiais, a invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra cultural que se instalou principalmente no ocidente com as pautas progressistas, as pessoas se perguntam sobre qual o destino dos Estados Unidos à partir de agora. Será que o fim da hegemonia americana está perto do fim? E se sim, quem o sucederia no cenário global?

Pensando nesse sentido, o que aconteceria a seguir no nosso mundo? Podemos pensar nisso vendo, como exemplo, a Primeira Guerra Mundial. Na época, o Império Alemão recém-formado estava se consolidando e se tornando forte a ponto de desafiar a Velha Ordem estabelecida pela França e pelo Império Britânico.

A tensão criada por essa disputa acabou levando a uma guerra em escala global que, por consequência e sentimento de revanche dos alemães, acabou por levar à outra maior ainda. Nesse caso, não foi um rival que conseguiu conquistar o outro e assumir o seu posto como potência, mas sim um país já aliado à antiga maior potência, os Estados Unidos.

Então, se a história acabar se repetindo, quem seria o país apto a tomar seu lugar? Lembrando que estamos apenas fazendo uma análise quanto à geopolítica global e as capacidades de cada país pois, obviamente, não temos como prever o futuro.

Temos alguns países candidatos como, por exemplo: Japão, Alemanha, Reino Unido, Índia, Canadá e até o próprio Brasil. Porém, cada um desses países tem seus próprios problemas que os impedem de ter alguma chance real.

Para começar, temos os países asiáticos alinhados aos EUA, como: Taiwan, Coreia do Sul e Japão. Esses países, além de serem pequenos em território, também sofrem com o tamanho da população. Veja o Japão, por exemplo, que mantém leis rígidas de imigração e com a taxa de natalidade caindo ao ponto de o próprio governo fazer propagandas e criar uma espécie de ‘Tinder Estatal’ para aumentar o interesse da população. Um país com pouca população dificilmente tem muita mão-de-obra e consegue uma grande força de trabalho, além do fato da própria economia japonesa estar estagnada e com tendência de cair nos próximos anos.

Indo para a Europa, nós temos tanto Alemanha quanto o Reino Unido, países com um grande território e população mas que hoje já não reflete mais uma economia pulsante como no passado. Também existe a possibilidade da formação de uma Europa unificada sob uma federação, visto que nenhum país europeu, sozinho, tem hoje capacidade de superar a força de outras superpotências. Mas dado o cenário atual, isso se torna quase impossível, com o Reino Unido tendo saído da União Europeia recentemente e com Macron chegando a declarar que a própria Otan estava em estado de "Morte Cerebral".

Enquanto o aliado geograficamente mais próximo dos EUA, o Canadá, sofre do mesmo problema do Japão, tendo uma baixa população extremamente concentrada em poucas cidades e um território grande mas inabitado, em grande parte, por causa do gelo.

A Índia e o Brasil possuem o mesmo problema na questão de gerência, tendo um estado forte, altamente burocrático e que atrapalha o mercado de prosperar, além de governantes que se posicionam contra a Ordem Americana e a favor de ditaduras como a Rússia e a China.

De fato, os Estados Unidos, atualmente, não possuem um possível sucessor preparado ou qualquer outro país que os possa ultrapassar e ocupar seu lugar futuramente. Diferente de agora, o Reino Unido e seus investidores migraram seus investimentos para o mercado americano à medida que viram que o domínio britânico era grande demais para se sustentar e que, aos poucos, não conseguiria lidar com seus movimentos de independência nas colônias.

A vaga, então, parece aberta e, à medida que o tempo avança, fica mais difícil encontrar um país que a preencha.

Esse país teria que ser uma evolução dos quesitos que tornaram os Estados Unidos uma super potência, tais qual a geografia que favoreceu o território e um mercado aberto junto com uma cultura que incentivou isso. Os americanos tiveram seu país fundado pelos princípios de liberdade, de um estado mínimo e com direito amplo de propriedade e defesa dos seus cidadãos. Tendo em vista o contexto da própria Revolução Americana, que quis a independência contra o controle do governo britânico e de seus altos impostos numa terra cujo rei mal pisava.

Como nós bem sabemos, todo estado mínimo acaba crescendo com a fome de poder e controle, parasitando a sociedade. E não foi diferente com os Estados Unidos, embora em caso menor, se comparado aos demais estados do Continente Americano.

Mais recentemente com a eleição de Javier Milei na Argentina, sendo o primeiro presidente libertário da história, seu governo já tem sido alvo de ataques constantes da mídia de todo o mundo, que se esforça para pintá-lo como culpado pela inflação e todas as mazelas causadas por Alberto Fernandez. É óbvio que Milei não transformará a Argentina em um ancapistão, mas caso as suas reformas libertárias persistam por um bom tempo, isso terá um impacto transformador na Argentina e no resto do mundo, que passará a ver a liberdade como um caminho possível.

Não, não estamos dizendo que Milei transformará a Argentina em um novo Estados Unidos, não confunda. Estamos dizendo que as reformas de Milei têm a capacidade de mudar drasticamente o mundo a partir de agora, dando mais visibilidade às ideias da Escola Austríaca e abrindo caminho para reformas ao redor do mundo e principalmente na América Latina, onde mais se precisa delas.

Aos poucos, as populações de todo o mundo perceberão o quão necessário é trocar a mentalidade estatista pelo livre mercado. Como é urgente e primordial defender o livre pensamento, a propriedade privada e o princípio da não agressão.

Ao abraçar essa visão, as sociedades podem cultivar um ambiente propício para a liberdade sem depender de um estado. Essa abordagem favorece a ligação entre culturas diversas, incentivando a troca de ideias, tecnologias e recursos. Dessa forma, a interdependência no comércio se torna uma força motriz por trás de uma nova era de desenvolvimento humano, onde o direito de propriedade e comércio são as principais chaves.

Além disso, ao romper com a dependência das nações-estados, as comunidades tornam-se menos afetadas pela guerra e com mais opções diante de desafios globais.

Portanto, o sucessor dos Estados Unidos pode nem sequer ser uma nação, mas uma nova era que representa a evolução da sociedade para um mundo mais livre. Sim, meus amigos, o Ancapistão vem aí e não há nada que os governos possam fazer para evitar isso.

Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=l-B2TRrugmM